Uma noite mal dormida significa um dia difícil pela frente. Os especialistas explicam que quando começamos a dormir a temperatura do corpo baixa naturalmente. Mas, se está muito quente, o corpo tenta se adaptar e a pessoa acorda.
No horário de negócios e correria, é preciso manter a linha. Mas não pergunte como essas pessoas passaram o dia.
?Cansaço, uma moleza?, diz uma paulistana.
É o dia de quem mal dormiu na noite anterior.
O sol vai embora e o calor continua. Nos fins de tarde, os bares ficam lotados. Para muita gente, essa é uma forma de se refrescar antes de chegar em casa e encarar o desafio da noite: conseguir dormir com temperaturas tão altas.
Altas históricas. Nas noites de fevereiro, só em Salvador as máximas ultrapassaram 27ºC. Em São Paulo, os termômetros registraram quase 28ºC. Porto Alegre dormiu sob um calor de até 30ºC. Em Cuiabá, a temperatura passou dos 31ºC. E no Rio de Janeiro, calor de mais de 34ºC.
?Acorda grudado no lençol, grudado na fronha do travesseiro, grudado em tudo?, comenta o técnico em edificações Mário Martins.
?Vai suar, perder líquido, sais. Vai acordar pelo desconforto. Pode cair a pressão?, explica a neurologista Anna Carla Schmidt.
A médica especialista em doenças do sono diz que além de aumentar a ventilação no quarto, seja com ar condicionado ou ventilador, também é importante deixar o ambiente mais úmido.
?Tem que ser usada umidificação, uma bacia d?água ou a esses umidificadores. Vamos aguardar que esse calor amenize e que tudo isso se resolva?, indica Anna Carla Schmidt.
Segundo a neurologista, a temperatura ideal para o sono varia de acordo com a região em que a pessoa vive. Se ela mora em locais mais frios, vai ter mais dificuldade para se acostumar a madrugadas quentes.
Em São Paulo, por exemplo, a temperatura do quarto fica entre 22ºC, 23ºC. Mas no Nordeste, os moradores suportam temperaturas mais altas.

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