Ao darem início aos trabalhos, nesta terça-feira (6), um dia após serem empossados pela presidente Dilma Rousseff, os novos ministros da República se concentraram na análise para corte pessoal de enxugamento das pastas. O Planalto deu prazo até o dia seguinte para que os titulares apresentem uma proposta de reestruturação para cada órgão.

Mas os novos ministros estão negociando um prazo mais estendido, em pelo menos uma semana, para que o novo desenho das pastas seja apresentado. Os planos deverão ser entregues à recém-criada Comissão Permanente para a Reforma do Estado.

Criada oficialmente nesta terça-feira, a comissão será presidida pelo ministro Nelson Barbosa (Planejamento) e terá como membros os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Jaques Wagner (Casa Civil), além de nomes de fora do governo, convidados a participar.

A reestruturação ministerial deverá incluir o corte de pelo menos três mil cargos comissionados e a extinção de outras 30 secretarias nacionais espalhadas pelos Estados. O objetivo do governo é fazer uma economia que deverá somar R$ 200 milhões até o fim do mandato de Dilma.

Redução de salários

Além da reestruturação, a presidente enviou ao Congresso Nacional proposta de alteração de decreto legislativo que estabeleceu seu próprio salário, o do vice-presidente e o dos ministros. O decreto foi aprovado no final do ano passado.

A mudança, publicada no Diário Oficial da União, prevê a redução em 10% dos salários brutos. A proposta precisa ser aprovada pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para passar a valer.

 

A partir daí, a presidente, o vice e os ministros passarão a receber R$ 27.841,23, em vez dos R$ 30.934,70 que recebem atualmente.

O Tempo

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