O número de vasectomias feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil cresceu de 19,1 mil em 2003 para 34,1 mil em 2009, um aumento de 78,7% em seis anos. O dado é referente às cirurgias feitas em hospitais públicos ou em instituições privadas que também têm leitos pagos com dinheiro do governo.
Em contrapartida, o número de laqueaduras feitas em mulheres caiu no ano passado, em números absolutos. De acordo com o Ministério da Saúde, ?os números refletem o aumento da participação do homem no planejamento familiar?. Em 2008 foram 61.847 procedimentos. Já no ano passado, esse número caiu para 58.919.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a tendência é a de que, cada vez mais, os homens se submetam a esse procedimento para evitar uma gravidez indesejada da parceira.
No Brasil, podem se submeter à vasectomia homens que forem maiores de 25 anos e que tenham ao menos dois filhos vivos. Nesse tipo de procedimento, os canais deferentes (tubos que partem dos testículos e se unem ao ducto ejaculatório, canal por onde passa o esperma) são cortados e amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. Isso impede que o espermatozóide produzido no testículo chegue ao sêmen. No ano passado, com a Política Nacional de Saúde do Homem, o governo tomou medidas para aumentar o número de cirurgias feitas em ambulatório, sem internação, que hoje equivalem a cerca de 30% dos procedimentos.
No caso da laqueadura de trompas, a mulher deverá ter mais de 25 anos ou dois filhos, além de passar uma entrevista com assistente social antes de passar pelo procedimento. Esse tipo de cirurgia, salvo exceções não pode ser realizada após um parto/cesárea.

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