Número reduzido de profissionais, demora no atendimento. Esses são alguns dos problemas que os usuários do Programa Saúde da Família ? PSF estão encontrando para ter acesso à tratamento psicológico em Formiga.
A questão foi levada ao conhecimento dos vereadores na segunda-feira, durante a reunião da Câmara, por pessoas descontentes com o caso e a informação é que o número de profissionais caiu pela metade (de 10 para 5), o que têm impossibilitado o atendimento em todos os Postos de Saúde da cidade.
Procurada pelo Nova Imprensa para falar sobre o assunto, Fabiane Magela, coordenadora de Atenção Básica à Saúde, esclareceu que várias atitudes emergenciais já foram tomadas. ?Por contarmos, no momento, com apenas 5 psicólogos, decidimos coloca-los em Postos de Saúde estratégicos e responsabiliza-los por todo o atendimento psicológico da cidade e não estamos tendo problemas até então?, explicou Magela.
Dos 16 PSF?s existentes no município, os que ainda contam com o atendimento de psicólogos são: Postos do Centro, Alvorada, Abílio Coutinho, Sagrado Coração de Jesus e no Edifício Antônio Vieira, onde fica sediada a Secretaria Municipal de Saúde. Com o número limitado de psicólogos, a coordenadora informa que os moradores que, são cadastrados em postos mais próximos de suas casas, podem procurar qualquer um dos PSF?s acima citados para receber atendimento.
Apesar de já estarem praticamente finalizados os trâmites legais para a divulgação do edital do concurso público do município, o que deve acontecer na segunda quinzena de março, não serão disponibilizadas vagas para psicólogos. Magela explica que a efetivação de novos psicólogos seria ilegal, uma vez que as dez vagas estão preenchidas. ?Os cinco profissionais que deixaram a secretaria não foram exonerados, pediram licença sem vencimento, e podem ficar dois anos afastados sem perder a vaga. Findado esse período, se não voltarem, perdem o lugar, por ser considerado abandono de emprego, mas no momento, todos eles são funcionários da Secretaria de Saúde? explica.
Em casos de funcionários licenciados, a prefeitura pode promover processos seletivos para a contratação temporária de outros profissionais. Com a saída dos cinco psicólogos, um processo foi realizado no dia 11 de maio do ano passado, quando compareceram cerca de dez candidatos, mas nenhum foi aprovado. ?Para a realização de um novo processo seletivo, precisamos da autorização do município, e enquanto ele não acontece, estamos fazendo de tudo para que a população não seja prejudicada?, encerra Magela.
Os atendimentos com psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas não fazem parte da estrutura de um PSF e não são preconizados pelo Ministério da Saúde. A opção de oferecer esses atendimentos foi da própria administração municipal, que os julgou de grande importância para a saúde da população do município.

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