O dia começou e terminou azul em Minas no domingo (13). Logo pela manhã veio o título inquestionável do Sada Cruzeiro na Superliga Masculina de Vôlei. Um time que vem fazendo história. Que chega a 15 finais consecutivas e conquista 12 títulos das mais variadas competições. Que ostenta o emblema de campeão mundial na camisa e é ainda Campeão da Copa do Brasil, Sul-americano e agora da Superliga, isso em menos de um ano.
Com tais ingredientes e a soma de um oposto Wallace endiabrado e um levantador William muito acima da média, o clube celeste fez a alegria da massa que lotou o Mineirinho, em Belo Horizonte, e levantou o seu segundo caneco da Superliga ao bater, neste domingo, o respeitado time do Sesi-SP por 3 sets a 0, com parciais de 21/19, 21/17 e 21/18, em apenas 1h15 de duelo.
O próximo compromisso da equipe, inclusive, será a luta pelo segundo título no Mundial de Clubes, entre os dias 6 e 11 de maio, em Betim (MG).
– Mais uma vez jogamos coletivamente. Esse time é muito unido. O saque entrou e isso foi meio caminho andado para nossa equipe. São quatro anos, e o primeiro ano não foi tão fácil. O segundo melhorou e no terceiro e quarto anos as coisas já estavam afinadas. Se esse time continuar junto vamos conquistar muito mais títulos – disse o oposto Wallace, que fez dez pontos na final e foi, ao lado de Filipe, o maior pontuador da partida.
Depois da festa no Mineirinho foi a vez de levar milhares de pessoas ao Gigante da Pampulha para a final do Campeonato Mineiro de Futebol, o primeiro título que o Cruzeiro disputou após a vencer o Campeonato Brasileiro do ano passado. Como adversário, seu maior Rival, o Atlético.
Após o empate em 0X0 n0o Independência, o Cruzeiro entrou em campo no domingo com a vantagem do empate por ter feito a melhor campanha na competição. Defesa menos vazada e melhor ataque, invencibilidade e disputa em casa. Esses eram as armas a favor do Cruzeiro que nem por isso teve um jogo fácil.
O Cruzeiro começou o clássico no ataque e logo no primeiro minuto o volante Lucas Silva acertou um belo chute da intermediária e a bola bateu no travessão. Com a marcação muito bem encaixada, o Cruzeiro só teve a meta ameaçada uma única vez.
Faltou capricho para o time celeste aumentar a vantagem na decisão. Primeiro com Everton Ribeiro, aos 27 minutos, O meia aproveitou uma bola rebatida, saiu sozinho com Victor e tentou encobrir o goleiro atleticano. Isso ele até conseguiu, mas errou o alvo. Um minuto depois foi a vez de Júlio Baptista ter a bola dentro da área, mas finalizar na direção do camisa 1 do Galo, que fez boa defesa.

Antes de acabar o primeiro tempo, o Cruzeiro ainda teve duas boas chances. Com Júlio Baptista, de bicicleta, e com Dagoberto. Em ambas as oportunidades o goleiro Victor se fez presente e manteve o Atlético vivo para o segundo tempo
A etapa final começou como terminou a primeira: com o Cruzeiro em cima do Atlético. Everton Ribeiro e Ceará, antes dos quatro minutos, já tinham chutado com perigo. Para mudar o panorama do jogo, o técnico Autuori sacou Guilherme e colocou Fernandinho, para o Galo ter a velocidade que faltou no primeiro tempo.
Mas quem seguia soberano na partida era o Cruzeiro. Empatando, mas na verdade perdendo, Autuori resolveu arriscar. Tirou Michel e colocou Neto Berola. Marcelo Oliveira, por sua vez, fechou o time. Saiu Dagoberto e entrou Souza. Depois o treinador cruzeirense escutou as vozes das arquibancadas e colocou Willian no lugar de Ricardo Goulart.
O jogo se arrastou sem grandes emoções nos últimos 15 minutos. O Galo não tinha força para atacar, enquanto o Cruzeiro queria apenas prender a bola no ataque. Aos 42 minutos, o lance polêmico da final. Jô foi derrubado por Dedé e Vuaden marcou o pênalti, no entanto, o auxiliar marcou impedimento e prevaleceu a marcação. Assim, sem gols nos clássicos, acabou o Mineiro 2014, com o Cruzeiro campeão por ter melhor campanha.
No fim do dia, dois títulos para o Cruzeiro, alegria geral da torcida azul celeste que agora se prepara para o jogo em casa contra o Cerro Porteño na próxima quarta-feira pela Libertadores.

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