Em torno de 29% da frota brasileira está segurada no país. Em Minas, o total chega à casa dos 20%, segundo o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais (Sindiseg), Angelo Vargas Garcia. ?Os números mostram que o mercado tem potencial para crescer?, diz.
Com base nesses percentuais, o diretor da Resende & Coimbra Seguros, Renato Coimbra, também aposta no crescimento do mercado. Para ele, parte desse mercado não tem seguro por não ter condições financeiras, mas a maioria ainda não adquiriu sua apólice em razão do impasse cultural. ?Tem muita gente que prefere contar com a sorte. Acredita que seguro é gasto e não investimento em segurança. Tanto que há casos de pessoas que têm um automóvel de valor alto, mas não tem seguro, pois quer pagar bem pouco, no valor de um veículo popular. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cultura é outra, lá praticamente não há carro sem seguro?, o bserva.
No ano passado, em Minas, conforme o vice-presidente do Sindiseg, o seguro de automóveis, que é a modalidade mais popular, registrou incremento nas vendas de 14% na comparação com 2012. A média brasileira é de alta de 13%.
Para comparar, de dezembro de 2012 a dezembro de 2013 tanto a frota mineira de veículos quanto a brasileira registraram aumento de apenas 7,1%, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O país fechou o ano passado com frota total de mais de 81,6 milhões de veículos, e Minas, com mais de 8,8 milhões.
Para 2013, a perspectiva de Garcia é de expansão na comercialização de 12% tanto para o Estado como para o país. ?O resultado só não será melhor em razão do aumento dos juros e da inflação, que acabam corroendo a renda das famílias?.
Mais caro. E quem não abre mão de ter o seu carro segurado vai pagar de 10% a 15% mais caro neste ano, dependendo da seguradora, conforme o vice-presidente do Sindiseg. ?Diversas variáveis impactam no cálculo. Nosso setor é reflexo da realidade que envolve aumento da taxa de juros e também da violência?, justifica.
A autônoma Ana Luiza Silva conta que tem seguro desde que adquiriu seu primeiro carro há cerca de dez anos. ?É caro, mas é necessário. Eu ficaria muito insegura se eu não tivesse o seguro. É um conforto ter, vale a pena?, avalia.

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