Enquanto poucos dispõem de muito, muitos dispõem de pouco. Essa é uma das mazelas da sociedade humana, que superestima o supérfluo. Todos os dias, milhões de pessoas travam batalhas por sobrevivência, enfrentando inúmeras intempéries. A pobreza é um problema global que vitima inocentes. Um mundo melhor caminha na esteira de garantir, a todos, condições dignas de vida. Ainda estamos muito distantes dessa realidade, mas, paulatinamente, é possível chegar lá.

A Organização das Nações Unidas (ONU) não ficou parada perante o contexto degradante da pobreza. Semanas atrás, um encontro em Nova Iorque traçou plano ambicioso para o desenvolvimento sustentável. Os países reunidos estabeleceram 17 metas, divididas em 169 objetivos para os próximos 15 anos. Na pauta, a busca pela proteção de vidas humanas, bem como a conservação do meio ambiente.

O programa visa acabar com a pobreza, garantindo um mínimo de dignidade aos indivíduos afetados, e combater as mudanças climáticas no planeta a um custo que flutua entre 3,5 a 5 bilhões de dólares por ano. O plano intenta também garantir o acesso à educação, à saúde, à igualdade social, especialmente no caso das mulheres, e compartilhar boas práticas de governança, para que os países desvalidos consigam se autoadministrar.

Para se compreender o drama da pobreza: cerca de 836 milhões de pessoas ainda vivem com 1,25 dólar por dia. Um valor irrisório, que não evita severas indignidades. Consequentemente, estas pessoas sofrem com desnutrição, doenças, violência de grupos militarizados e, inevitavelmente, a impossibilidade de projetar uma vida melhor. O sofrimento é tamanho que muitos, simplesmente, desistem da dramática vida que a natureza lhes deu.

Esse é o pior atentado que pode ser cometido contra um indivíduo: a morte da esperança. Consequentemente, morre também o nosso espírito coletivo. A humanidade sempre conviveu com violações de direitos humanos. Se nossa espécie representa o triunfo da razão, ainda temos muito a evoluir. A miséria e a fome são tumores de uma sociedade que ainda não encontrou seu equilíbrio. Com a iniciativa da ONU, quem sabe, pode começar a encontrar. E você? Está fazendo a sua parte por um mundo melhor?

 

 

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