A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (27) uma operação para combater fraude contra o benefício seguro-defeso em Minas Gerais. Estão sendo cumpridos 27 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão e outros três de prisão nos municípios de Cristais, Campo Belo e Aguanil.

Segundo a Polícia Federal, responsáveis por uma colônia de pescadores de Cristais teriam fraudado documentos necessários para a solicitação do seguro-defeso, benefício do Governo Federal concedido para pescadores artesanais durante o período de defeso de determinadas espécies.

Para receber o benefício, a pessoa deve comprovar que desempenha a pesca de forma ininterrupta, como profissão habitual ou como principal meio de vida. Os investigados atestaram condição de pescador artesanal para pessoas que não exerciam a função.

Além disso, a colônia teria promovido a migração de indivíduos de outros municípios para encaminhamento do pedido. A migração teria como objetivo as eleições, uma vez que diretores da colônia concorreram a cargos políticos em 2012 e 2016.

Ainda segundo a PF, a União pagou cerca de R$ 15 milhões de benefícios às pessoas vinculadas à colônia de pescadores. A investigação aconteceu durante os anos de 2013 a 2020.

A Polícia Federal informou que em Cristais estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e três de prisão. Em Campo Belo são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois em Aguanil.

Um mandado está sendo cumprido em São Paulo (SP).

A operação foi nomeada ‘Tarrafa’. O nome faz referência ao artefato para captura de peixes utilizado na pesca artesanal. Cerca de 90 policiais federais estão participando da operação.

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Varginha. Os suspeitos estão sendo investigados por crimes de estelionato qualificado (em detrimento do INSS), falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. As penas podem chegar a 18 anos de reclusão.

Fonte: Portal Campo Belo

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