A Polícia Civil de Minas Gerais realiza uma operação de combate ao crime organizado nas cidades de Montes Claros e Várzea da Palma, no Norte de Minas, Uberaba, Uberlândia e Patrocínio, no Triângulo Mineiro, além de cidades do Paraná, nesta quinta-feira (3). O objetivo é desarticular a maior organização criminosa do Brasil – o PCC – com atuação também na Bolívia, Paraguaia e Colômbia.

Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão preventiva.

Também há recolocação de 11 presos em presídios federais. Também estão previstas transferências de líderes que continuam comandando o tráfico de dentro da prisão.

A operação batizada de Muralha conta com efetivo de 65 policiais civis e 18 viaturas apenas na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas. Nas demais cidades, não foi informado o número de agentes.

Investigações

As investigações tiveram início em meados de janeiro, quando houve uma troca de direção na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, cidade vizinha a Montes Claros, e alguns presos questionaram o endurecimento das regras de disciplina. Na ocasião, um vídeo circulou nas redes sociais, com ameaças a agentes do Sistema Prisional e contra propriedades públicas e privadas.

Durante sete meses, a Polícia Civil analisou 34.600 linhas telefônicas, sendo monitorados 78 alvos em um total de 10 cidades dos estados de Minas Gerais e Paraná, com a expedição de 51 mandados judiciais.

O nome da ação faz alusão aos paredões da Penitenciária de Francisco Sá, de onde saíam ordens para o cometimento de crimes. No dicionário, muralha quer dizer “Fortaleza construída para defender cidades dos eventuais ataques dos inimigos”. Na prática, conforme apurado, os muros não protegiam as cidades, pois de lá eram arquitetados os mais diversos crimes pela Organização Criminosa investigada.

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