Agentes da Polícia Federal prenderam 42 pessoas nesta quarta-feira (9) durante a operação Roubo S/A – Saque Noturno, destinada a desarticular quadrilhas especializadas em roubos de carga, arrombamentos de cofres e caixas eletrônicos. Entre os presos há 8 policiais militares e 5 policiais civis.
As investigações da polícia apontaram para a própria polícia. Das 55 pessoas denunciadas pelo Ministério Público, dez são policiais militares e seis da Polícia Civil. Por isso, para cumprir os mandados de prisão, 400 policiais federais, civis e militares bateram na porta de delegacias e quartéis da PM.
Segundo a Polícia Federal, os policiais são suspeitos de participar e acobertar crimes de três quadrilhas. Uma roubava cargas de caminhões, outra assaltava agências bancárias e a terceira dava golpes em instituições financeiras. A maioria dos policiais era de Friburgo.
Os agentes passaram um ano acompanhando a ação criminosa das quadrilhas. Segundo a PF, eles descobriram que os policiais suspeitos que agiam nas estradas tinham a ajuda de um informante que indicava cargas de valor e de um técnico especializado em desligar os rastreadores instalados nos caminhões.
Esse é o trabalho de 1 ano e hoje colhemos os frutos de uma boa operação, com repressão ao roubo de cargas e ao roubo de agências bancárias. Lamentavelmente, há a participação de policiais civis e militares no crime, mas nesse enfrentamento não podemos e nem devemos ver isso de braços cruzados, disse o superintendente da PF, delegado Angelo Fernandes Gioia.
Denunciados
Ao todo, foram expedidos 58 mandados de prisão preventiva e outros 58 de busca e apreensão. A PF explicou que são 58 mandados de prisão contra 55 pessoas, porque há mandados expedidos pela justiça federal e estadual contra a mesma pessoa. A polícia ainda procura 13 suspeitos, sendo 2 PMs, um policial civil e outras dez pessoas.

Não compactuamos com essas pessoas. Lamentamos a participação de policiais civis e militares, que são pagos para proteger a sociedade civil e não para agir contra ela, reforçou o representante da Secretaria de Segurança Pública, Rivaldo Barbosa.

A Secretaria estadual de Segurança Pública considerou as acusações muito graves e informou que, se for comprovada a culpa, os policiais serão expulsos

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