A terceira etapa da Operação Lastro, de combate ao comércio irregular de carvão, foi realizada em Divinópolis. A ação, entre terça-feira (20) e sexta-feira (23), ocorreu em outras nove cidades do Estado de Minas Gerais.

A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Polícia Militar e Polícia Civil. Em Divinópolis, uma das cidades onde iniciou a ação, duas siderúrgicas foram fiscalizadas.

Ação

O trabalho tem como objetivo fiscalizar a cadeia de comércio de carvão vegetal, desde a origem, em empreendimentos produtores, até transporte, pátios intermediários e empresas siderúrgicas consumidoras.

Além de Divinópolis, a operação foi realizada em Sete Lagoas, na região Central; Itamarandiba, Veredinha e Aricanduva, no Vale do Jequitinhonha; Paracatu, no Noroeste; Elói Mendes, no Sul de Minas; e em Santa Cruz de Salinas, Rio Pardo de Minas e Indaiabira, no Norte de Minas.

Resultados

A operação fiscalizou 27 alvos e lavrou 13 autos de infração por irregularidades ligadas à cadeia do carvão vegetal. Foram constatados 559 documentos ambientais (GCAs) irregulares e um total de 36 mil MDCs de carvão ilegal. Quatro veículos foram apreendidos e duas pessoas conduzidas.

Foi aplicado o total de R$ 729 mil em multas e um montante superior a R$ 10 milhões em autuações ainda estão previstas para lavratura, pois dependem de análise documental aprofundada e complementação da qualificação dos responsáveis.

O resultado será obtido com a continuidade dos trabalhos de inteligência da Semad, em articulação com a Polícia Civil. Foi constatada a realização de queimada sem autorização nas áreas colhidas de eucalipto, por meio de Declarações de Colheita de Florestas Plantadas e Produção de Carvão (DCFs).

De acordo com o diretor de Estratégia em Fiscalização da Semad, Gustavo Endrigo, um dos coordenadores da operação, foram constatadas irregularidades em todas as etapas da cadeia: da origem, até o transporte, manutenção em pátios intermediários, pontos de baldeio e no consumidor final.

Os problemas se relacionaram, principalmente, a divergências entre as notas fiscais e ambientais e a carga transportada.

Fonte: G1

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