O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella Nardoni, 5, no dia 29 de março, foram presos na noite de ontem, depois que o juiz Maurício Fossen decretou a prisão preventiva do casal. Os dois se entregaram à polícia no prédio da família Jatobá, em Guarulhos (SP), às 22h30.
A expectativa é que Alexandre Nardoni seja recolhido ao 13º Distrito de Polícia, na Casa Verde, onde ficam custodiados detentos com curso superior, e que Anna Carolina Jatobá seja enviada à Penitenciária Feminina do Carandiru, ambos na zona norte de São Paulo.
A família de Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, evitou comentar a prisão. A denúncia foi apresentada anteontem pelo promotor Francisco Cembranelli. Os dois são acusados de homicídio triplamente qualificado. Cembranelli aponta como provas contra o casal laudos periciais e versões de testemunhas.
Para o promotor, Anna Carolina Jatobá esganou Isabella e Alexandre Nardoni arremessou a criança do 6º andar. Ambos mataram, disse Cembranelli em entrevista coletiva na t terça-feira. Alexandre e Anna Carolina negam as acusações e dizem que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

Réus
O juiz também acatou integralmente a denúncia do Ministério Público contra o casal. Com isso, Alexandre e Anna Carolina passam a ser réus de processo judicial. Após a conclusão do processo, eles irão a julgamento. Em qualquer uma das fases do processo, cabe recurso. Em sua conclusão, Fossen determinou que o casal se apresente para interrogatório no dia 28 de maio.
Até por volta das 18h20, Rogério Neres, um dos advogados do casal, não havia sido informado sobre a decretação da prisão. Neres disse, contudo, que, assim que tivesse acesso à decisão, a defesa pretendia entrar com pedido de habeas corpus. O procedimento deve ser feito hoje na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Se a 2ª instância do Tribunal de Justiça não conceder liberdade ao casal, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá podem ficar presos até o julgamento.
Ação
Investigadores do 9º Distrito Policial chegaram ao prédio onde está o casal, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pouco antes das 19h. Eles tentaram entrar pela garagem, mas não conseguiram. Um deles então desceu do carro e entrou na portaria do prédio com um papel nas mãos. Às 18h40, havia oito carros de polícia no local. No fim da noite, eram cerca de 50.

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