Conhecida pela sua riqueza na formação calcária e paisagens deslumbrantes, a exemplo das cavernas milenares, a cidade de Pains está ganhando mais um atrativo de peso, a réplica do mastodonte, cujo fóssil foi descoberto no município em 1.998.
A estátua criada pelo escultor piumhiense, Wellington Melo tornou-se realidade por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo e é um presente da Mineradora Carmocal Ltda.
A réplica deve ser instalada, nos próximos dias, num local estratégico, na entrada principal da cidade.
Em tamanho natural, o mastodonte será um dos atrativos do Parque Natural Municipal Dona Ziza e deverá ser, também, ponto de visitação turística, já que a estátua remete a uma das curiosidades de Pains.
O trabalho de criação começou há dois meses, em um ateliê simples mas dotado de criatividade por parte do artista. A fidelidade com o animal impressiona. A obra está sendo construída com cimento mas, terá coloração semelhante a original.
Valor histórico
O secretário de Meio Ambiente e Turismo, Mário da Silva Oliveira, enumerou, entusiasmado, sobre o valor histórico da peça. ?Essa réplica nos remete à mega fauna que aqui existiu. É, também, uma forma de mostrar para as gerações futuras, a importância do patrimônio paleontológico e científico existentes no município. Um patrimônio do povo que merece ser tratado com o devido zelo, tendo em vista, a importância científica desses achados. São vestígios da vida em eras remotas que, esporadicamente, são encontradas em certas regiões e Pains é a que apresenta com maior abundância, esses vestígios. Essa particularidade credenciou o Município a abrigar o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, para receber todo esse patrimônio?, explicou.
Descoberta
O fóssil foi descoberto, dentro de uma gruta, em 1998. A notícia tomou conta da mídia chegando a ser exibida pela rede de TV norte-americana CNN.
O paleontólogo Castor Cartelli acompanhou o processo de escavação, em Pains.
Os mastodontes eram espécies de elefantes pré-históricos, pertencentes ao género Mammut, anteriormente denominado Mastodon. Viveram na América do Norte e também na América do Sul durante o Pleistoceno e extinguiram-se há cerca de 10 mil anos. Tinham cerca de 3 metros de altura e pesavam em torno de 7 toneladas. Eram herbívoros que se alimentavam de vegetação macia como folhas verdes e ramos. As suas presas de marfim chegavam aos 5 metros de comprimento. A sua carne foi uma fonte importante de alimento para os primeiros homens que colonizaram a América do Norte.
Os mastodontes distinguem-se dos mamutes pelo formato dos seus dentes, de forma mais cônica e mais adaptados à mastigação de folhas moles.

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