Após o avanço da vacinação em alguns países, temos a adoção de políticas de reabertura da economia e flexibilização de algumas medidas preventivas.

A Inglaterra iniciou a aplicação da vacina Pfizer no dia 08.12.2020 e no dia 12.04 iniciou a reabertura de bares e restaurantes (em locais abertos), lojas não essenciais, academias, cabeleireiros e planeja para 17.05 a reabertura de bares e restaurantes (em locais fechados) e a retomada das viagens internacionais, devido ter grande parte da população imunizada e tendo queda na taxa de infecção. O governo estuda a implantação de certificação para garantir às pessoas vacinadas o acesso a ambientes coletivos, como teatros, boates, eventos esportivos e festivais.

Em Israel adotou a vacinação em massa, tem 56% da população vacinada e conta com baixo índice de infecção, conforme a Folha de São Paulo, publicou no dia 16.04, no artigo intitulado “Israel suspende obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre”. A partir de março foi autorizada a reabertura de restaurantes, bares e praias, e, a partir de 18.04 deixou de ser obrigatório o uso de máscara ao ar livre, mas continuará sendo obrigatório seu uso em locais fechados.

Os Estados Unidos anunciaram, no dia 27.04, a flexibilização do uso de máscaras ao ar livre para pessoas vacinadas, com duas doses contra Covid, mas manteve a orientação do uso de máscaras em espaços públicos fechados e de aglomeração.

O momento é de otimismo na Inglaterra, Israel e Estados Unidos, fruto do sucesso na adoção de medidas eficazes no combate ao coronavírus, de acordo com as orientações da ciência.

Os países que não adotaram medidas proativas e pluralidade de fornecedores para aquisição de vacinas sofrem as consequências. É o caso do Brasil, com caos sanitário, social e econômico, com grande número de mortes e de infectados, falta de medicamentos e oxigênio, vacinação lenta por indisponibilidade de vacinas, aparecimento de novas variantes mais letais, aumento do desemprego e da pobreza, repetição de medidas de fechamento e abertura das atividades econômicas, falência de empresas.

O quadro do Brasil representa um país governado por negacionistas, adotando crenças individuais não comprovadas e negando executar recomendações científicas (comprovadas por experimentos e observações).

O pior de tudo é o governo negacionista não lançar campanha para esclarecimento da população sobre as medidas preventivas, sobre os benefícios da vacinação, e, dessa forma, deixa o povo ao sabor de notícias digitais falsas (fake news).

A retórica do presidente de defesa da economia, do funcionamento de todas as atividades, de não apoio às medidas de fechamento das atividades econômicas para evitar aglomerações, mostrou-se falaciosa. Melhor teria sido ter envidado esforços em 2020 para garantir o máximo de vacinas para imunizar o povo e, dessa forma, estaria garantida a recuperação das atividades econômicas, o mais rápido possível.

Euler Antônio Vespúcio – advogado tributarista

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