O final de 2020, mostra um grande alento para a população.

Apesar da população viver 2020 com medidas restritivas de isolamento social, uso de máscaras e de gel, etc., o Brasil teve mais de 170 mil mortos e 6 milhões de infectados, até o presente. Agora o horizonte tem dois cenários, um desalentador de recrudescimento de casos de infecção e de mortes e outro alentador de início da imunização.

Na Inglaterra as autoridades sanitárias permitiram a aplicação da vacina Pfizer, com previsão de início de imunização de sua população na segunda semana de dezembro de 2020. A seguir, a Alemanha e Itália anunciaram o início de imunização até janeiro de 2021. Esses fatos trazem esperança para o mundo e gera pressão política sobre os outros governos para fazerem o mesmo, inclusive o Brasil, onde o nosso presidente falhou, gerou desinformação, negligenciou na orientação à população.

O mercado financeiro reagiu positivamente, com disparada da cotação das ações e queda do dólar, e os empresários, principalmente do comércio e serviços, ficaram animados com os prognósticos de imunização da população e vislumbram dias melhores, com previsão do fim das medidas de isolamento, parcial ou total, e o retorno da circulação das pessoas e das atividades econômicas ao ritmo normal.

As notícias alvissareiras de vacinação em massa chegam em um Brasil onde vige uma nova onda de aumento do número de infectados e de mortes, com incidência mais no grupo de jovens. Esse surto aumentou justamente durante o primeiro e segundo turno das eleições, quando a população arrefeceu os cuidados e as autoridades públicas estavam mais preocupadas em fazer campanha e evitar animosidades. Passado o segundo turno, temos em São Paulo a volta de restrições ao funcionamento do comércio e serviços, o Rio de Janeiro tem filas de espera nos hospitais, em Belo Horizonte os hospitais particulares estão saturados.

O Ministério da Saúde (artigo “Covid-19: plano nacional de vacinação terá quatro fases”, dia 01.12, por Jonas Valente, da Agência Brasil) divulgou plano de vacinação contra a Covid-19 dividido em fases. A primeira será dos trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais, idosos em instituições de longa permanência e indígenas. A segunda será dos idosos de 60 a 74 anos. A terceira será das pessoas com comorbidades. A quarta será de professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.

Apesar da divulgação de parte da logística de vacinação, faltam diversas ações, como definição de qual vacina será utilizada e adquirir seringas. O governo federal carece de coordenação de seus diversos órgãos para agilizar as tratativas do assunto, justamente em um momento crucial para a saúde e a economia nacional, onde cidadãos clamam pela vacina, para sanar um cenário de mortes diárias de pessoas, de empresas, de empregos, de endividamento.

Euler Vespúcio Advogado Tributarista eulervespucio.com.br

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