Sem dúvida a tecnologia da informação, com o advento das redes sociais, tem trazido de um lado, uma série de benefícios e de outro, muita dor de cabeça para aqueles que de alguma forma ainda não se deram conta de que a palavra “transparência” já faz parte do vocabulário cotidiano do povão que, em última análise, é quem sustenta toda a máquina pública e os desmandos daqueles que ela abriga.

Está cada vez mais difícil para qualquer detentor de cargo público explicar suas atitudes ou a falta delas, no exercício de suas funções.

Hoje, “fantasma” que não comparece ao cabide em que foi dependurado por algum padrinho, é facilmente detectado e mais cedo do que pensa verá sua cara estampada em postagens que rapidamente se espalham pela imensa rede da net.

A aplicação dos recursos públicos é, portanto, fiscalizada por quem de direito, a cada instante.

Informações sobre os atos públicos, agora são divulgadas em tempo real e se espalham por todas as classes sociais numa rapidez que, muitas vezes, inibe até mesmo ações que diante da repercussão, seriam tomadas ainda que, com o intuito de sanar algum erro ou vício agora exposto por quem, no interesse de fiscalizar ou de evitá-los, os trouxe a público.

As próximas eleições aqui no Brasil certamente refletirão o que um povo mais bem informado é capaz de produzir. É óbvio que aqui não se pensa ou se admite a prática das fake news neste contexto.

A exposição pública dos atos praticados por aqueles que tendo estado ou ainda estando no poder pretendam disputar cargos, ainda que apenas com a intenção de manterem para si mesmos os benefícios (privilégios) que tal status lhe traz, desta feita, não será empreitada fácil de se enfrentar.

Falas, posicionamentos, promessas não cumpridas ou alguma ação pouco recomendável que conste de seus currículos, emergirão com rapidez clara e indiscutível e povoarão as redes sociais, derrubando facilmente o velho discurso que muitos ainda, farão uso.

Esta semana, o que se viu neste país foi o desmonte de um plano bem arquitetado pelos seguidores da seita conhecida como “lulismo” que graças às redes sociais, fez com que todas as mexidas no tabuleiro por qualquer das partes – dos a favor e dos contrários -, circulassem a todo instante no país e mundo afora.

O juiz Moro, acreditamos, não teria tomado certas atitudes, se não fosse a certeza de que está e esteve sempre respaldado pelo apoio que a divulgação imediata de suas decisões lhe traz.

Magistrado descumprindo ordem de magistrado, seu superior hierárquico, é coisa que não se via antes do advento desta forma rápida e eficaz de divulgação que, muitas vezes se antepõe à tradicional, aquela veiculada pela grande imprensa que, infelizmente, se vincula às verbas publicitárias distribuídas e manipuladas pelos que por ela deveriam ser fiscalizados.

A era da net, nos parece, futuramente será conhecida como aquela em que o povo, até mesmo sem se dar conta disto, chegou ao poder!

Fatos recentes, aqui mesmo, no terreiro de casa, atestam isto toda segunda-feira!

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