E é crendo nela que, impossibilitados de questionarmos o senhor prefeito sobre assuntos diversos daquele que foi pré-definido como sendo a pauta da coletiva por ele convocada, que agora, os trazemos à baila.

Aqui é sim, a nosso juízo, o espaço apropriado para tentarmos extrair do ainda prefeito, as respostas que elucidem as dúvidas que importante parcela da população nos encaminha diariamente. Responder tais questionamentos, julgamos ser do interesse do prefeito, assim como tornar públicos seus esclarecimentos. Desde já avisamos que, como sempre fazemos, estamos prontos para publicar com o merecido destaque, suas respostas, caso elas ocorram.

Crendo pois em sua sinceridade quando afirmou, “(…) sou um cara pobre. Entrei pobre na Prefeitura e saio pobre! Graças a Deus eu vou sair com minhas mãos limpas. Nossa Senhora e Jesus Cristo, sabe (sic) disto que eu estou falando. Juro pela felicidade de minhas filhas (…)”, resumimos aqui, algumas das muitas dúvidas e questionamentos que são diariamente estampados nas redes sociais e/ou permeiam os bate-papos nas esquinas, barbearias, igrejas, escolas ou mesmo no seio das famílias politizadas, ou não, e ousamos lhe perguntar:

Prefeito, somados todos os seus vencimentos e em sendo verdadeiras, ainda que minimamente, as notícias que circulam a respeito do aumento de seus bens patrimoniais, parte disto comprovada pelos sinais exteriores de aparente riqueza, hoje ostentados, tudo do conhecimento público; podemos inferir que exista sim, uma fórmula mágica, capaz de multiplicar em tão pouco tempo os recursos financeiros regularmente auferidos por alguém no exercício da função pública?

Julgamos ser de bom alvitre que ainda na condição de prefeito, sendo o senhor um homem de “mãos limpas”, como afirma e nós nisto acreditamos, responderá ao questionamento que mesmo travestido de algo a ser encarado como de cunho estritamente pessoal, por envolver a reputação de um homem público e entenderá que talvez agora, quando por moto próprio afirma que sairá da política, ser este o momento ideal para se apagar, em definitivo, qualquer mancha que ainda paire a ponto de denegrir sua reputação e/ou seu histórico político.

Assim sendo, na certeza de que “perguntar não ofende” e acreditando que os “boatos”, infundados ou não, e que se avolumam e se espalham diariamente pelas redes sociais mereçam ser desmentidos com muita veemência, é que lhe dirigimos, ainda que de forma genérica e abrangente, mas respeitosa, a pergunta acima.

Ao fazê-lo, permitimo-nos lembrar-lhe que enorme parcela do mesmo povo de quem o senhor diz ser a voz, espera vê-la respondida, por meio de dados críveis e concretos. Assim, de uma vez por todas, as insinuações ou dúvidas que perduram ao longo de meses e anos, com o passar dos tempos e em razão de seu manifesto silêncio a respeito, quem sabe sucumbam de vez, antes mesmo de se tornarem “verdades”.

O povo, prefeito, mesmo desmotivado com a política, ainda acredita e é fiel seguidor da máxima que diz: “quem cala consente”! E aí…

Bem, voltando ao tema da sucessão política, que repetimos, foi aquele determinado para se debater na tal coletiva; somos de opinião que sem as respostas plausíveis para as dúvidas e questionamentos que hoje permeiam a imaginação popular, coisa que o senhor mesmo afirmou conhecer e que tanto incomoda a sua família, o mais provável é que o candidato apresentado por seu partido e que contará com o seu importante apoio, ainda que não venha a desfrutar da esperada transferência dos votos que o senhor diz possuir (cativos?), fatalmente terá que carregar consigo durante toda a campanha eleitoral, o pesado fardo de ter que responder, diariamente, sobre esta série de dúvidas que ainda hoje, se constituem numa verdadeira “herança maldita”. Prefeito, só há uma maneira de se evitar isto, não é mesmo? Com transparência, coragem e verdade!

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