O período de férias traz a expectativa de diversão, mas também o receio de quem vai deixar casas ou estabelecimentos comerciais vazios nesta época pela possibilidade de arrombamentos e furtos. Alguns imóveis já ficam fechados desde as festas de fim de ano. Para evitar a ação de criminosos, garantindo uma volta para casa com tranquilidade, a Polícia Militar vem realizando ações nos bairros da capital e também orienta a população a contar com a ajuda de vizinhos e pessoas de confiança para monitorar as redondezas.

Segundo o Comando de Policiamento da Capital (CPC), em janeiro de 2018 foram registradas 737 ocorrências de furto a residências em Belo Horizonte. Para reduzir o número de crimes este ano, já está em andamento a Operação Férias Seguras, que tem reforço no efetivo com o emprego de policiais das áreas administrativas e da Academia da Polícia Militar no patrulhamento preventivo em tempo integral.

A Polícia Militar informa que algumas medidas de autoproteção também podem ajudar a evitar o furto de imóveis. Além de conferir se portas, janelas e portões estão trancados, é preciso guardar escadas e outras ferramentas para evitar que criminosos possam usá-las para invadir. Também é importante comunicar-se com um vizinho ou pessoa de confiança para que observe o imóvel. Diante de alguma suspeita, a polícia deve ser chamada.

Desde 2017, as regionais de Belo Horizonte contam com 86 bases comunitárias móveis da Polícia Militar em pontos que concentram crimes e também em áreas de grande circulação Em todos os locais, é possível registrar boletins de ocorrência.

Uso da tecnologia

Há alguns anos, a Polícia Militar promove as chamadas Redes de Vizinhos Protegidos na capital com o objetivo de reunir e orientar os moradores sobre medidas de segurança. Nos últimos anos, os grupos ganharam o incremento da tecnologia de comunicação, com o uso do smartphone. Em janeiro do ano passado, a reportagem do Estado de Minas mostrou que cada vez mais pessoas estavam adotando aplicativos de mensagem para aumentar a segurança em bairros e condomínios. Na época, havia cerca de 1.100 redes atuantes em Minas Gerais, conforme levantamento da PM.

Carlos Alberto Rocha, que está assumindo a presidência da Associação dos Moradores do Bairro Anchieta (Amoran) neste ano, conta que a comunidade integra a rede há 10 anos, mas nos últimos tempos o WhatsApp tem sido um grande aliado nesse sentido.“Na prática, temos um grupo ligado à associação, que compartilha informações de utilidade e segurança, e apoiamos a iniciativa, em parceria com a PM, que é o Quarteirão de Segurança. Nesse grupo são compartilhadas apenas informações de segurança pública.”

Ele explica que o último grupo foi desenvolvido pelo 22º da PM para trocar informações com a população da região. “Procuramos sempre fomentar a participação das pessoas, identificando suspeitos e atentos às dicas que a Polícia Militar passa”, comenta. Rocha destaca que o sistema é muito eficiente e lembra um caso ocorrido há dois meses. “Ocorriam furtos de holofotes nas portarias dos prédios. Com a divulgação das fotografias das câmeras de circuito de segurança, a PM conseguiu identificar os autores e eles foram presos”. 

 

Fonte: Estado de Minas ||

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