Apesar da aproximação entre o PT e o PMDB, a candidata à presidência apoiada por Lula, Dilma Rousseff, se vê em uma disputa entre os dois partidos em regiões com grande eleitorado. Nelas, a petista terá de evitar choque direto em Minas Gerais, Rio de Janeiro (mais especificamente sobre o apoio a Sérgio Cabral ou Antony Garotinho), Bahia, Rio Grande do Sul e Maranhão terão aliados governistas em choque direto, o que poderá comprometer o desempenho da candidata.
Juntos, os quatro estados que terão candidato próprio ou ao menos um apoiado por uma coligação representam cerca de 27,4% do eleitorado nacional ou, aproximadamente, contingente de 35,5 milhões de votos. Se somados os números do Rio de Janeiro, terceiro colégio eleitoral, onde há disputa por quem receberá o apoio do governo, esse número sobe para 46,8 milhões de votos, ou seja, mais de 1/3 dos eleitores nacionais.
Essa briga pode afetar Dilma, pois, se as duas bases estivessem unidas, mais capacidade para transferir os votos regionais para a candidata petista. Divididos, criam constrangimentos para Dilma e para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que precisarão redobrar a cautela para evitar crise entre os aliados.

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