Agressão contra a mulher, um dos temas mais discutidos nos últimos anos em todo o país, sempre mereceu atenção especial da Polícia Militar de Minas Gerais. O Comando de Policiamento da Capital (CPC) lança nesta quinta-feira (19), às 9h30, na sede do 13º Batalhão de Polícia Militar (Avenida Cristiano Guimarães, 2300, Planalto) o Serviço de Prevenção à Violência Doméstica contra a Mulher.
Estudos e pesquisas apontam que a violência doméstica atinge milhares de mulheres, independentemente de sua idade ou classe social. A maioria dos casos ocorre dentro de casa tendo como agressores os próprios maridos, companheiros ou pessoas conhecidas. A Polícia Militar lança o serviço com a finalidade de contribuir com a redução desse tipo de crime.
O objetivo é criar um sistema que permita às vítimas de agressão doméstica a encontrar uma forma de solucionar problemas graves que, em muitos casos, já duram há vários anos. Para isso, os policiais militares designados para atuar nesse tipo de policiamento receberam capacitação especializada e atuarão em oito viaturas com a inscrição prevenção ativa violência doméstica.
O programa, que entrou em funcionamento em junho deste ano, como projeto piloto, já realizou cerca de 400 visitas, com atendimentos a pelo menos 100 casos diferentes de violência doméstica. Durante o evento de lançamento, uma mulher, que foi atendida por policiais militares que atuam no Serviço de Prevenção à Violência fará um depoimento sobre a eficácia do serviço preventivo.
Como funciona
A atividade é dividida em duas fases: primeira e segunda respostas. A primeira resposta é constituída por 389 policiais militares, treinados desde 2008, para um primeiro atendimento mais eficiente e qualificado da vítima. Estes policiais são componentes das Patrulhas de Atendimento Comunitário que funcionam 24h por dia.
A segunda resposta é composta por 48 policiais militares, pertencentes aos oito Batalhões de Belo Horizonte, capacitados para fazerem a prevenção e o pós-atendimento, atuando no monitoramento de casos de violência repetida. Eles ainda fazem um levantamento prévio de quais residências têm quadros reincidentes de violência e fazem um acompanhamento preventivo para evitar nova violência.
Posteriormente, os policiais encaminham as vítimas para a rede de órgãos que compõem a Rede de Enfrentamento à Violência contra mulher (Defensoria Pública, Delegacia de Mulheres, serviço psicológico, centros de apoio e abrigo etc.). Além disso, as instituições integrantes da rede são as responsáveis pela capacitação dos policiais militares integrantes da equipe de primeira resposta.
A expectativa é que o programa seja levado para batalhões do interior do Estado.

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