O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) instaurou inquérito civil público para apurar os eventuais efeitos nocivos à vida e à saúde das pessoas gerados pela substância Bisfenol A (BPA), bem como a forma de regulamentação de seu uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve responder em 20 dias sobre os efeitos da substância.
Na portaria em que foi publicada a instauração do inquérito, no dia 19 de julho, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, determinou que seja solicitado à Anvisa informações sobre a regulamentação da utilização da referida substância, além de eventuais estudos existentes sobre seus aspectos nocivos.
A preocupação sobre os riscos que o BPA pode causar à saúde e à vida se sustenta em recentes pesquisas divulgadas por uma universidade norte-americana. A substância já foi proibida em outros países, como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, e em alguns estados norte-americanos. Pesquisadores da faculdade de Saúde Pública de Harvard (Estados Unidos) analisaram por uma semana o nível de bisfenol na urina de 77 participantes que tomaram líquidos em garrafas de plástico. O resultado foi espantoso. O aumento da concentração dessa substância na urina foi alto, chegando a 69%. Para os cientistas a situação seria mais grave quando o plástico é aquecido, ou seja, quando a mamadeira e os potes de plástico são aquecidos.
Para muitos cientistas, a substância seria causadora de algumas doenças, como o câncer de mama, os distúrbios cardíacos, a obesidade e a hiperatividade. Mas a atenção é especial com as grávidas e as crianças pequenas. A substância pode prejudicar as funções endócrinas e alterar o funcionamento do hormônio feminino estrogênio. No Brasil, o Bisfenol A é utilizado na produção de garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês, entre outros produtos. Uma alternativa sempre indicada é utilizar as mamadeiras de vidro

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