A Polícia Civil do Estado inaugurará nesta semana 10 laboratórios nos municípios que compõem o departamento policial.

Com a inauguração dos laboratórios os resultados dos exames toxicológicos que identifica drogas apreendidas pela PC sairão mais rápido, em sete dias. Até então os exames eram feitos em Belo Horizonte e demoravam 60 dias para serem feitos.

Duas unidades dos laboratórios, uma delas nova, em Diamantina e uma ampliada em Divinópolis já estão funcionando desde o dia 15 deste mês. Mais oito laboratórios serão inaugurados em maio. Apenas um, em Montes Claros, no Norte de Minas, manterá sua estrutura atual. Ao todo, serão 21 unidades para exames toxicológicos no Estado.

Cada um deles atenderá os municípios que compõem o departamento policial de onde estão localizados, contemplando todas as cidades mineiras. São 18 departamentos no Estado.

 Em cada laboratório, o investimento da Polícia Civil em estrutura foi da ordem de R$ 100 mil. Além disso, foram contratados oito novos peritos. Outros quatro profissionais foram remanejados entre as cidades.

Antes dessa ampliação, os nove peritos do Instituto de Criminalística (IC), em Belo Horizonte, realizavam cerca de 3.800 exames toxicológicos por mês, sendo que pelo menos 2.500 deles vinham do interior. Apenas 10% dos testes eram realizados nas estruturas que já existiam em cinco municípios mineiros. Isso gerava uma demanda reprimida de 300 exames mensais na capital, acumulando cerca de 2.500 que não eram feitos, o que prejudicava as investigações de crimes envolvendo apreensão de drogas. Mais de 30% das prisões no Estado são por tráfico, conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

Consequência

O fato de o exame ser realizado próximo ao local onde o crime ocorreu facilita o controle dos peritos, que, segundo o diretor do IC, podem priorizar demandas urgentes. “Quando os casos vinham para BH, chegavam como mais um laudo (papel) e entravam na fila, não tínhamos conhecimento da ocorrência”, disse Paiva.

Com economia de dinheiro e com a capital desafogada, será possível, em um curto prazo, que a unidade em Belo Horizonte realize outros tipos de trabalhos periciais que não são feitos em Minas, como os testes para identificação de bebidas falsas. Mas, para isso, ainda será preciso “adquirir novos equipamentos”, lembrou o diretor.

 

Fonte: O Tempo||http://www.otempo.com.br/cidades/laborat%C3%B3rios-desafogar%C3%A3o-bh-1.1287597

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