A Polícia Civil em Teófilo Otoni, na região do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, informou nesta terça-feira (13) que subiu para nove o número de mortes investigadas que podem ter como causa a ingestão de um medicamento, produzido por uma farmácia de manipulação. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) também participa das investigações.
Segundo a SES, a primeira vítima teria morrido no dia 20 de novembro e a última neste domingo (11). O nono óbito investigado é de uma mulher de 81 anos. De acordo com a delegada Herta Coimbra, ela morreu no dia 23 de novembro.
Ainda segundo Herta, parentes da vítima procuraram a polícia após ver as matérias sobre o assunto veiculadas na mídia e disseram que a mulher tomou duas cápsulas do medicamento suspeito. A família também entregou dois comprimidos aos policias. A delegada disse que as amostras foram enviadas a secretaria de saúde para análise.
De acordo com a nota divulgada pela SES, a investigação começou no dia 1º de dezembro e aponta uma possível relação entre as mortes e o medicamento Secnidazol 500 mg, produzido pela farmácia de manipulação Fórmula Pharma e utilizado para combater verminoses.
A investigação começou depois de uma notificação de dois casos suspeitos de intoxicação feita no dia 30 de novembro pela Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni. No dia 3 de dezembro, foram coletadas amostras na farmácia e foi realizada uma interdição cautelar na área de manipulação de sólidos orais.
Na manhã de sábado (10), técnicos da SES, da Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni e militares da PM foram à farmácia para coletar possíveis provas. Ao chegarem ao local, constataram que, apesar da interdição cautelar, o estabelecimento continuava a dispensar medicamentos manipulados. O local foi totalmente interditado e um boletim de ocorrência contra o responsável pelo estabelecimento foi registrado.
A Secretaria de Saúde faz um alerta para que a população não utilize o Secnidazol 500 mg e nenhum outro medicamento da Fórmula Pharma durante a investigação. Ainda segundo a SES, outras 11 pessoas podem ter usado o medicamento, de acordo com documentos encontrados na farmácia.

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