A Polícia Civil de Governador Valadares está investigando o cemitério clandestino denunciado por moradores do Bairro Atalaia, na periferia da cidade. Nessa terça-feira (20), policiais civis e militares, com o apoio de militares do Corpo de Bombeiros e do cão farejador Bono, encontraram três ossadas no terreno indicado pelos denunciantes.

As ossadas foram levadas para o Instituto Médico-Legal (IML) e, de acordo com informações preliminares, tratam-se, possivelmente, de duas pessoas do sexo masculino e uma do sexo feminino, que estavam desaparecidos há alguns meses.

Os corpos sepultados no “cemitério clandestino” podem ser de vítimas de julgamentos realizados por organizações criminosas que atuam na região da Ibituruna, formada por bairros localizados no sopé do Pico da Ibituruna, dentre estes, o Bairro Atalaia.

O delegado Márdio Bento Costa, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida e Pessoas Desaparecidas, acredita que os restos mortais sejam de pessoas que teriam sido mortas em datas distintas, por estarem envolvidas em crimes de disputa de territórios entre gangues.

Na ação policial desenvolvida no terreno, trabalhadores da Prefeitura de Valadares auxiliaram os policiais, usando máquinas para fazer as escavações. 

Cão Bono brilha mais uma vez 

Mais uma vez, a estrela da operação foi o cão farejador Bono, que na segunda-feira (19) esteve em uma mata na cidade de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, e localizou um idoso de 67 anos que estava desaparecido havia 8 dias.

Sem ter folga, Bono foi escalado para auxiliar os militares na operação do Bairro Atalaia. A medida em que a máquina fazia as escavações, Bono vasculhava e terreno e latia muito quando encontrava as ossadas e os restos de roupas em decomposição. Em seguida, os militares recolhiam os ossos e montavam os esqueletos sobre as roupas.

O dia não foi de glória apenas para Bono. O cão Apolo, chamado de “o faro fino da segurança”, que estava com os militares do 5ª Cia Independente da Polícia Militar e da Ronda Ostensiva com Cães Amestrados (Rocca), encontrou nas imediações do “cemitério clandestino”, uma quantidade significativa de drogas.


O tenente coronel Carvalhaes, que comandou a operação, disse que em breve novas operações sobre o caso serão feitas. “Mais para o fim deste ano, depois das investigações da Polícia Civil, vamos fazer operações com mandados de prisão que serão expedidos pelo poder judiciário”, disse.

Fonte: Estado de Minas

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