Cerca de uma tonelada de suplementos alimentícios e medicamentos falsificados que eram vendidos livremente pela internet foram apreendidos em uma loja que também funcionava como um centro de distribuição no bairro Castelo, na região da Pampulha. 

A apreensão ocorreu na sexta-feira (3), durante a operação Zizanion deflagrada pela Polícia Civil. Dois homens de 46 e 39 anos foram presos e o proprietário ainda é procurado. Todo o material apreendido é avaliado em R$ 1 milhão. 

De acordo com a delegada Ana Paula Gontijo da Polícia Civil, a loja funcionava no local desde 2019 e as investigações tiveram início após uma consumidora, acostumada a comprar suplementos, estranhar o sabor do produto e a numeração do lote. 

“Ela entrou em contato com o fabricante e descobriu que o lota não existia e denunciou à polícia. Houve então uma investigação e chegou-se a esse estabelecimento. No interior dessa loja foi encontrado quase uma tonelada de produtos com indicativo de adulteração da data de validade”, explicou.

Ainda de acordo com a delegada, nenhuma nota fiscal foi apresentada no local, o que é um indício de adulteração dos produtos. Além disso, alguns deles estavam com o lote e a validade raspados ou com duplicidade. Apesar de serem produtos variados, todos também tinham a mesma marcação de lote e de data de validade. Dois homens foram presos em flagrante. 

“Um deles se declarou como a pessoa responsável por despachar as mercadorias compradas pelos sites de vendas e o outro como o que emitia as notas”, pontou. Nenhum dos presos tinha passagem policial. O proprietário da loja ainda está sendo procurado. 

A investigação apurou ainda que o grupo mantinha outras três lojas físicas: uma em Sete Lagoas, na região Central do Estado, outra em Divinópolis, na região Centro -Oeste e outra em Nova Serrana, na mesma região. Nessas outras lojas, o comércio era realizado apenas de forma presencial. 

A polícia apurou que os produtos falsificados eram enviados para todos os cantos do país. “De regra geral, esses produtos são consumidos regularmente pela pessoa. Então ela já conhece a marca, o sabor e a qualidade do produto. Uma vez ela verificando alguma diferença nesse sentido, que ela verifique junto ao fabricante o lote. Se ele não existir, então deve registrar ocorrência junto à Polícia Civil”, ressaltou a delegada.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de falsificação de produtos alimentícios e de medicamentos para fina terapêuticos e medicinais. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

Fonte: O Tempo

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