Depois de oito meses de investigações, que começaram a partir dos ataques praticados a ônibus e departamentos públicos do Sul de Minas e Triângulo Mineiro em junho do ano passado, a Polícia Civil sustenta que avançou consideravelmente na identificação e prisão dos principais líderes em território mineiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), originária do estado de São Paulo e que possui mais de 2,2 mil integrantes em Minas.

Vinte e cinco mandados de prisão e 30 de busca e apreensão foram expedidos para cinco estados (Minas, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte) em uma grande operação que teve como alvo as lideranças da facção que exercem influência direta em Minas. Dos 25 alvos para prisão, 18 são residentes de MG. Desses 18, três ainda não foram encontrados e 12 já estavam presos no sistema penitenciário do estado, restando outros três que foram detidos nesta terça-feira. A Polícia Civil considera que é a maior operação já realizada no estado contra uma organização criminosa.

De todos os 12 presos que já estavam acautelados em Minas, oito vieram da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, o que exigiu grande operação logística para colher o depoimento dos detentos. Policiais civis fecharam o trânsito em um dos sentidos da Avenida Otacílio Negrão de Lima, em frente à sede do Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp) e até o helicóptero da corporação foi usado na escolta. A aeronave pairou sobre a Lagoa da Pampulha durante a saída dos presidiários de uma van.

O que chama a atenção é a prisão de membros da chamada sintonia geral do estado, célula da facção em Minas que se comunica diretamente com o comando principal da organização em São Paulo. Os números fornecidos pela Polícia Civil nesta terça-feira indicam que, além dos alvos de mandados de prisão, a investigação já tem outros membros identificados, totalizando 32 pessoas com suas devidas funções na organização já conhecidas pelos delegados e investigadores do Deoesp. O trabalho foi desenvolvido dentro da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Quartorze dos identificados são da sintonia geral, sendo que sete deles tiveram mandado de prisão expedido pela Justiça nessa fase da operação.

 

 

Fonte: Estado de Minas ||

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