Uma operação para coibir a pesca no Rio Paraopeba é realizada neste fim de semana em Pará de Minas. A pesca em toda a extensão do rio está proibida desde 2019, devido ao risco de contaminação da água que recebeu rejeitos da barragem rompida em Brumadinho. A operação começou neste sábado (30).

Segundo a Polícia de Meio Ambiente, há denúncias de pessoas que estariam desrespeitando a proibição. Até as 17h, 35 redes de pesca, uma fisga e galões com anzóis foram apreendidos.

Quatro pessoas que estavam em uma embarcação, e que não tiveram as idades reveladas, fugiram a pé pela mata ao perceber que seriam abordados. Os militares tentam localizar os suspeitos.

Paraopeba

O Rio Paraopeba percorre mais de 40 cidades mineiras e é um dos afluentes do Rio São Francisco. No Centro-Oeste mineiro, ele passa por pelo menos oito municípios.

Em 2019 após a tragédia de Brumadinho, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu duas recomendações que proibiram a pesca  e determinou que o Rio Paraopeba fosse monitorado por órgãos ambientais no Estado.

No mesmo ano, também por recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e Secretaria de Meio Ambiente, os municípios banhados pelo Paraopeba foram orientados a suspender a utilização de água do rio e buscar outras fontes de captação. Desde então, o Rio segue sendo monitorado. Contudo, a recomendação de não usar a água do Paraopeba ainda é válida.

Período da Piracema

A piracema, período de reprodução dos peixes, começa na próxima segunda-feira (1º) e segue até fevereiro de 2022. Nesse período, fica proibida a pesca nos rios, lagos ou qualquer curso hídrico do estado, inclusive campeonatos ou torneios de pesca.

A Polícia de Meio Ambiente informou que na próxima semana começam as fiscalizações referentes à Piracema. Serão feitos trabalhos de fiscalização no Lago das Roseiras em Divinópolis, Barragem Bem Fica em Itaúna e toda a extensão do Rio Paraopeba em Pará de Minas.

Fonte: G1

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