Um policial fardado, armado com fuzil e pistola, com rosto pintado de verde e amarelo, no dia 28.03 foi morto em Salvador, após ter protestado, ter dado tiros para o alto durante quatro horas, com gritos de palavras de ordem. Ao final, ele atirou contra os seus colegas da Polícia Militar (PM), que negociavam a sua rendição, e foi atingido por tiros e morreu. Foi aberto inquérito militar para apurar as circunstâncias da morte do soldado.

O episódio mostra a importância de as pessoas com poder nas mãos terem o devido equilíbrio emocional. Assim, um soldado quando tem um surto psicótico deve entregar as suas armas. Por sua vez, um servidor ou político deve ser afastado do seu cargo para perder o poder.

Na admissão de todo cargo público deve-se fazer análise psicológica do recém egresso, pois um vereador maluco pode chegar a ser um governador, com poder devastador em suas mãos para usar contra o povo e os seus inimigos, ou ser tomado de paranóia de perseguição contra supostos inimigos. A análise deve ser rigorosa, sob pena de termos um servidor armado a fazer mortos.

A ação na Bahia, com a morte de um soldado, foi resultado de revide da polícia a tiros de disparos de fuzil. O que admiro é ter políticos a ver na ação abusos da polícia. O que deveria fazer? Receber tiros de um soldado em surto paranóico e não responder? Por trás das críticas está patente a tentativa da oposição de desestabilizar o governo da Bahia.

Houve politização do episódio e, à noite, houve protestos em frente ao Hospital onde soldado foi levado ainda vivo.

A oposição ao governo da Bahia manifestou. Bia Kicis, Deputada Federal, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal, em postagem nas redes sociais, considerou um crime a morte de um herói e incitou as tropas militares a não cumprirem ordem ilegal, mas, depois, se desculpou e pediu para o fato ser investigado.

O Deputado Federal, Eduardo Bolsonaro, também se manifestou nas redes sociais, dentro de sua estratégia de boicotar as ações dos governadores para combater o vírus, disse: “Aos vocacionados em combater o crime, prender trabalhador é a maior punição. Esse sistema ditatorial vai mudar”.

As postagens dos deputados federais serviram de munição para os bolsonaristas iniciarem agressões e fake news contra o governador da Bahia.

No dia 29.03, 16 governadores divulgaram carta de indignação contra agressões, fake news e contra as autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa.

O momento brasileiro é muito caótico e, indiferente disso, esperávamos encontrar nas classes políticas uma unidade na adoção das medidas necessárias, com a união de todos os políticos e servidores no enfrentamento da pandemia, mas encontramos seres irracionais a tomar ações despropositadas, sem gerar ganhos para o povo.

Euler Antônio Vespúcio – advogado tributarista

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