O preço do botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) deve ser reajustado mais uma vez em Minas Gerais, conforme previsão do mercado. Em dois anos, a alta acumulada de preços em Minas Gerais chega a 18,5%. Segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do produto no Estado passou de R$ 34,73, em janeiro de 2009 para R$ 41,16, em dezembro de 2010.
O Estado registra o maior preço entre os demais das regiões Sul e Sudeste. Já há conversas não oficiais de que haverá aumento. Se realmente acontecer, deve ser da ordem de R$ 1, disse o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili.
Em Belo Horizonte, o preço médio do botijão de 13 quilos é de R$ 41,39. Em janeiro de 2009, o custo médio do GLP na capital mineira era de R$ 34,51, alta de 19,9%. A Petrobras afirma que desde 2003 o preço do gás de cozinha não sofre qualquer alteração na refinaria. A estatal atribui a elevação de preços à cadeia do setor, que é formada por distribuidores e varejistas. Quem pratica isso são as distribuidoras. Nós apenas repassamos o aumento porque não conseguimos segurar os preços, disse Borjaili.
Lucro chegaria a quase 300%
A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR) encaminhou carta ao Ministério Público Federal (MPF), com cópia para senadores e a deputados federais, para que o órgão investigue denúncias de práticas abusivas por parte das distribuidoras de gás de cozinha.
Segundo a entidade, dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que distribuidoras têm margens de lucro de até 285%. Uma empresa comprava gás com impostos a R$ 14 e vendia a R$ 40.

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