A polícia prendeu, nesta quinta-feira (14), o prefeito de Foz do Iguaçu. Ele é suspeito de comandar um esquema de fraude em licitações e pagamento de propinas.

Reni Pereira, do PSB, foi preso no gabinete da Prefeitura. Policiais federais conduziram o prefeito até a casa dele, em um condomínio fechado, onde ele vai cumprir prisão domiciliar.

No decreto de prisão, o desembargador Márcio Antônio Rocha afirmou que “há evidentes e fundados indícios de que o prefeito, durante todo o período da investigação até recentemente, esteve envolvido na realização de fraudes a licitações”.

Reni foi afastado do cargo. Quem assumiu foi a vice-prefeita Ivone Barofaldi, do PSDB.

“O que nós apuramos é que existia realmente aqui em Foz do Iguaçu uma organização criminosa, dentro da Prefeitura voltada para desviar recursos públicos e ele como gestor tinha participação nessa organização”, afirma o delegado Fábio Tamura.

Reni Pereira deve ficar preso até o fim do processo. Em casa ele não pode receber visitas, usar o celular e nem acessar a internet.

A investigação está na 4ª fase. Segundo a Polícia Federal, nos últimos dois anos, foram desviados R$ 5 milhões da Prefeitura. A prisão de Reni Pereira foi baseada em cinco depoimentos de delação premiada.

O desembargador destacou planilhas de medições de obras onde há anotações feitas à mão sobre a destinação da propina. Para a Polícia Federal, chama atenção o fato de elas preverem a distribuição de R$ 110 mil ao prefeito Reni Pereira, valor muito próximo ao apreendido na casa dele durante a primeira fase da Operação Pecúlio, em abril deste ano.

A defesa de Reni Pereira só pretende se manifestar depois de ter acesso à decisão da Justiça. A Prefeitura de Foz do Iguaçu não se pronunciou.

 

 

Fonte: Bom Dia Brasil ||

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