Belo Horizonte irá passar por mais uma prova de fogo com a retomada de parte do comércio não essencial nesta quinta-feira (6). 

Queda na demanda por leitos de UTI e no índice de transmissão do novo coronavírus pesaram na decisão de reabertura. Mas, de acordo com o prefeito Alexandre Kalil, é o comportamento da população que vai ditar se a flexibilização será ampliada ou se a cidade será novamente fechada.

Lojas de rua, shoppings center e salões de beleza retornam às atividades, em horários pré-determinados. Os estabelecimentos poderão funcionar até sábado. Depois, estarão autorizados a reabrirem na próxima quarta-feira, com as portas abertas até sexta. 

A avaliação dos números, que podem indicar estabilização ou aumento dos doentes na cidade, será feita no fim da semana que vem, informou o secretário municipal de Planejamento, André Reis. A partir da análise é que será definido o avanço para a próxima fase, que inclui bares, restaurantes, lanchonetes e parques públicos.

Mas o recuo não está descartado. “Se Belo Horizonte entrar em festa, os números vão subir. E não duvidem que o prefeito feche a cidade de novo, porque isso eu já mostrei para vocês (que posso fazer). A ciência fechou e a ciência abriu. Se a ciência mandar fechar de novo, vamos fechar de novo”, alertou o prefeito Alexandre Kalil durante entrevista coletiva.

Queda nos números

É justamente a estatística da Covid-19 na metrópole que levou as autoridades a se decidirem pela flexibilização ainda esta semana, para que comerciantes consigam vender a tempo do Dia dos Pais, a ser celebrado no próximo domingo.

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado destacou a queda considerada vertiginosa nos pedidos por uma vaga de UTI exclusiva para pacientes infectados. “Nos últimos quatro dias tivemos apenas quatro solicitações. Na semana retrasada, chegamos a ter 90 pessoas esperando na fila”.

Apesar de ontem a ocupação das vagas ter chegado em 84,4%, ainda acima dos preconizados 70% para a reabertura, a redução das internações vem animando a prefeitura. André Reis revelou que a tendência está sendo observada já há nove dias.

Além disso, o secretário de Planejamento disse que a velocidade de transmissão do novo coronavírus vem caindo. Ontem estava em 0,91 – índice considerado verde no termômetro criado para monitorar o avanço da doença na capital.

Fonte: Hoje em Dia

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