A abertura (alargamento) do ponto de entroncamento da rodovia vicinal que atende a região da Fazenda Velha com a BR-354, objeto de matéria em nossa edição anterior, acabou alertando moradores da região que entenderam ser aquela obra destinada a atender os interesses de uma Mineradora que, coincidentemente, ali entrou em operação nesta semana.
A Prefeitura na semana passada, indagada a respeito, nos respondeu afirmando que a obra atenderia a TODOS os usuários daquela região.
Ouvido, o prefeito Moacir Ribeiro que também possui imóvel na região, este se mostrou solidário com os demais vizinhos, participantes da Associação Comunitária Lagoa Grande, que entendem que a exploração minerária naquela região, poderá trazer sérios problemas de ordem ambiental.
Visando se precaverem e na tentativa de defenderem a preservação ambiental naquela região, os representantes da Associação protocolaram em 5 de maio deste ano, junto ao Ministério Público, documento solicitando a intervenção no processo uma vez que, segundo se apurou, a mineradora já dispunha de alvará de funcionamento expedido pelo município (vencível no mês que vem), além de documentos autorizativos emitidos pelo Estado (AF) e pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O temor dos moradores da região é de que a ?ex-lagoa? que já sofre seriamente com o afundamento da calha do rio Pouso Alegre (m função da retirada de areia) uma forte queda do volume d?água nela armazenado pelo processo natural por eles conhecido como sendo o de ?vasos comunicantes? venha agora, com a retirada de areia em suas proximidades, passar por um processo ainda maior de ?enxugamento?.
O Ministério Público, de imediato, solicitou que a Prefeitura suspendesse os efeitos do alvará concedido, até que um estudo técnico da bacia do Pouso Alegre seja elaborado por técnicos que confiram e atestem se a operação de retirada de areia de aluvião em grande escala naquele local afetará ou não o equilíbrio ecológico necessário e de grande influência para a preservação (continuidade) daquela lagoa.
Tão logo tomou conhecimento de nossa denúncia dando conta de que máquinas da empresa Ney Joaquim Vieira Mineradora Ltda. já se encontravam em operação naquele local, o secretário de Gestão Ambiental, Jorge Zaidan, determinou o embargo das operações e a suspensão do alvará de funcionamento, conforme se depreende da nota oficial a seguir transcrita:
Conforme solicitação, segue resposta da Secretaria Municipal de Gestão Ambiental:
?A retirada de areia no referido local não tem autorização da Prefeitura de Formiga. Assim que recebeu denúncias sobre o assunto, a Secretaria de Gestão Ambiental enviou fiscal ao local. A empresa foi notificada a parar imediatamente a retirada de areia. Além disso, foi informada que, caso não cumpra a determinação, a secretaria vai acionar a Polícia Ambiental para que seja feita a apreensão do maquinário?.

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