O presidente da Associação dos Artesãos de Formiga (Asafor), Fabrício Mundim, ocupou a Tribuna do Povo durante a reunião da Câmara Municipal, na segunda-feira (28). Discorreu sobre a falta de apoio por parte da Prefeitura e durante sua fala contou com o apoio de algumas artesãs, presentes no plenário, que acompanharam e deram sustentação às suas afirmações durante a explanação.
Segundo relatou Fabrício Mundim, a associação, que tem 45 anos, está sofrendo perseguição política. ?Estamos sofrendo com várias situações desde o início deste mandato. Uma das questões é o transporte, que nos foi ?cortado?. Com isso, vários artesãos não mais têm participado das feiras. Assim sendo produzem, mas não podem mais vender?.
Nos últimos 12 anos de trabalho, a associação participou de 2700 feiras em Formiga e em outras cidades. ?Esta semana também nos tiraram o local onde trabalhamos. É ali que atendemos o público e empresários de outras cidades, que compram nossos produtos. Estamos sem local para expor e é preciso saber que a associação reúne pessoas mais carentes, que precisam expor suas mercadorias para vendê-las?, disse Fabrício.
O presidente da associação afirmou ainda que assim agindo, a Prefeitura está prejudicando trabalhadores, quando, por perseguição, tentam atingi-lo (Fabrício). ?Fiquei chateado, pois para me atingir, começaram a perseguir artesãos. A associação é livre e dá espaço a todo político que for lá. Inclusive, o atual prefeito, foi o único que fez uma gravação (propaganda política) dentro da associação, durante o período eleitoral?.
Fabrício Mundim contou que a Prefeitura negou um alvará para a associação, na época do Natal. ?Mesmo assim, fomos para a praça e montamos a barraca. Não apareceu ninguém para nos tirar de lá. Eles estão atrapalhando é o trabalho do artesão. O chefe de Gabinete, José Terra de Oliveira Júnior (Terrinha) já negou um alvará para a Asafor?? ?Sempre participamos de uma feira na Assembleia Legislativa e este ano perdemos, pois a senhora secretária (Elizabete Baptista ?Cultura) tratou de nos fornecer um veículo para irmos e, infelizmente, falhou conosco. Era uma feira de grande valia para nós. Eles só nos maltratam e, depois que eu participei da CPI, depondo, a situação piorou. Tudo que a secretária de Cultura prometeu, ela não cumpriu. Eu quero ver ela é aqui, mostrando um projeto para beneficiar a associação, a cultura. Ô secretaria desorganizada?.
O veículo que a associação conseguiu e,que até hoje, a Prefeitura não repassou para a Asafor também foi um dos temas abordados por Fabrício. ?Outras três entidades estão na mesma situação. Não poderia ser entregue em ano eleitoral, tudo bem, mas até agora nada, e eles estão usando o veículo?.
Na reunião, Juarez Carvalho se lembrou quando criou a Casa do Artesão em Formiga. ?Esses artesãos levavam o nome da nossa cidade para fora. A linguiça e o doce produzidos aqui são conhecidos em todo o Brasil. Eu mesmo já levei encomendas daqui para políticos de outras cidades. O artesanato aqui foi tão importante que Formiga, foi tema de novela (…)?, disse.
Alguns vereadores solicitaram que a mesa diretora convide a secretaria de Cultura, Elizabete Baptista para ir à Câmara e dar explicações sobre os assuntos ali discutidos.

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