Polícia encontra R$ 200 mil na casa de presidente de sindicato em Campinas
Segundo polícia, quantia vai ser investigada porque presidente tinha salário de R$ 2 mil.
Membros de sindicato são acusados de tentar extorquir empresa de saúde.
A polícia encontrou nesta sexta-feira (28) na casa do presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Campinas, a 95 km de São Paulo, R$ 200 mil. O presidente é acusado de também participar da tentativa de extorsão contra a empresa de convênio médico Master Saúde que pegou a conta para prestar serviço aos condutores e cobradores da cidade. Ele foi preso nesta tarde.
Já estavam presos desde a quarta-feira (26) a advogada do sindicato, o assessor e marido dela e o tesoureiro. Eles pediam R$ 600 mil por influenciar os trabalhadores a aceitar o novo convênio.
Ainda segundo a Polícia Civil, em depoimento, o presidente do sindicato havia dito que ganhava um salário de R$ 2 mil. Por causa disso, a origem do dinheiro vai ser investigada. A Polícia Civil está investigando a possibilidade de que uma quadrilha especializada em extorquir empresas esteja atuando na cidade.
Três representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Campinas foram presos na quarta-feira quando tentavam extorquir um representante de uma empresa de plano de saúde. Eles exigiram R$ 600 mil em dinheiro por terem influenciado os trabalhadores a aceitar um novo contrato.
A empresa denunciou o caso ao Ministério Público e à Polícia Civil. Uma câmera escondida gravou várias reuniões entre membros do sindicato e diretores da empresa de convênio médico. Os sindicalistas exigiam da empresa recém-contratada pela Associação das Empresas Permissionárias de Ônibus (Transurc) uma comissão informal por terem convencido os trabalhadores a pagar mais pela assistência médica.
Depois destas reuniões gravadas, um novo encontro foi marcado com os sindicalistas. Seria para o pagamento dos R$ 600 mil. O funcionário da empresa de saúde levou parte do dinheiro, e quando saiu para buscar o restante, policiais e o Ministério Público entraram na sala e deram voz de prisão. Os três foram algemados. A advogada ainda perguntou ao delegado no momento da prisão: ?O senhor vai me algemar, o que é que eu fiz??.
Para o promotor de Justiça Luiz Alberto Bevilacqua, ameaçar o sistema de transporte com greve é extorsão. O delegado, Eduardo Simões, disse que o inquérito instaurado é que vai dizer se outras pessoas estão envolvidas. ?Outras diligências devem ser feitas?, afirmou.
Presidente do Sindicato escondia 200 mil em casa
Segundo polícia, quantia vai ser investigada porque presidente tinha salário de R$ 2 mil.
Membros de sindicato são acusados de tentar extorquir empresa de saúde.