A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou nessa quinta-feira (19) o primeiro caso de sarampo registrado em 2019 na região Centro-Oeste. Conforme o boletim epidemiológico, o caso da doença em Itaúna foi confirmado através de técnica laboratorial de sorologia.

O boletim afirma que o caso foi importado de São Paulo. No dia 30 de agosto, a Prefeitura de Itaúna informou que a paciente é uma jovem de 20 anos que deu entrada no pronto-socorro do Hospital Manoel Gonçalves no dia 8 de agosto. “Devido aos sinais e sintomas compatíveis com a doença, foi coletado material e enviado para exame na Fundação Ezequiel Dias (Funed), o qual teve resultado positivo”, informou. Conforme a SES-MG, a paciente recebeu a vacina para impedir a evolução da doença. A jovem está bem e se encontra em casa.

Após a confirmação de um caso em investigação na cidade, o Executivo adotou ações preventivas contra o sarampo no início do mês de setembro, como a busca ativa de casos suspeitos e a conscientização da importância da vacina.

“A partir do momento que fomos notificados de um caso suspeito de sarampo, nós acionamos a Atenção Primária para desenvolver as ações de bloqueio vacinal, busca ativa de casos suspeitos, avaliação e vacinação desonestas que não têm o registro dessa vacina no cartão vacinal”, disse a diretora em Saúde, Maria Izabel Faria.

Pará de Minas

Um possível caso de sarampo está sendo investigado em Pará de Minas em uma criança de 1 ano, de acordo com a Prefeitura. Os familiares da criança receberam a imunização.

A Secretaria de Saúde do município informou que fará uma ação para verificar os cartões de vacina de crianças que frequentam a creche onde a paciente estuda. O bairro e o nome da creche não foram informados.

No boletim divulgado nesta quinta, não aparece o caso de Pará de Minas.

Minas Gerais

Segundo a SES-MG, foram confirmados 26 casos de sarampo em Minas. Destes, 4 casos foram confirmados no primeiro trimestre do ano, sendo Belo Horizonte (2), Contagem (1) e Betim (1). E 22 casos foram confirmados nos últimos 90 dias, sendo Uberlândia (9), Juiz de Fora (3), Belo Horizonte (6), Betim (1), Itaúna (1), Pedralva (1), Unaí (1) e Itaúna (1).

Dois casos de sarampo notificados pela Vigilância Epidemiológica no estado residentes em Jundiaí-SP (1) e Araras-SP (1), e que estavam incluídos no Boletim da Semana 36 de 2019, foram excluídos do banco de Minas Gerais por orientação da Equipe Técnica do Ministério da Saúde. Estes casos serão contabilizados pelo estado de São Paulo.

Desde o início de 2019 foram notificados 738 casos suspeitos de sarampo provenientes de 148 municípios no estado. Destes, 27,8% (205/738) foram descartados, 69,7% (507/738) estão em investigação e 3,5% (26/738) casos foram confirmados.

Quem deve vacinar contra o sarampo?

Dose zero: devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra). Primeira dose: crianças que completarem 12 meses (1 ano).

Segunda dose: aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida. Adulto deve se vacinar contra o sarampo? Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade?

Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina; quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.

Entenda o sarampo

Segundo a SES-MG, o sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo, com direção cabeça-membros), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico, as manifestações (além da presença de febre e exantema maculopapular) incluem tosse, rinorreia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

 

Fonte: G1 ||
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