A ceia de fim de ano incorpora produtos que fogem do consumo trivial das famílias. Os melhores exemplos são o panetone, castanhas, nozes e frutas cristalizadas, entre outros. Para estes itens, a expectativa de preços mais convidativos é grande, uma vez que a compra de importados foi beneficiada pela valorização do real frente ao dólar, mas alguns produtos mais tradicionais subiram de preço e devem encarecer uma parte das compras em 2010.
A variação média de 17 itens que devem fazer parte das compras das famílias foi de 12,15%, entre dezembro de 2009 e novembro de 2010, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo período em 2009, a alta média foi de 5,83%. A variação acumulada para o grupo Alimentação do IPC-M/FGV entre dezembro/2009 e novembro/2010 foi de 7,73%, acima da registrada em 2009, que foi de 3,26%.
Entre os destaques a justificar a alta em 2010, estão carnes utilizadas na ceia de Natal: lombinho de suíno (14,99%), frango inteiro (10,21%) e pernil de suíno (9,71%) que subiram de preço em relação ao Natal de 2009. No ano passado, as variações registradas, para estes mesmos tipos de carnes, foram inferiores: (-9,58%), (-7,26%) e
(-6,18%), respectivamente.
As exceções ficam por conta do bacalhau ? que continua a apresentar queda em seu preço – registrando variação de (-4,15%), em 2010, ante (-16,62%), em 2009 e do frango especial, que apresentou queda de 8,55%, em 2010, depois da alta de 5,26%, em 2009.
Ainda no levantamento feito pelo economista André Braz, outros importantes complementos de mesa também registraram alta em seus preços entre dezembro de 2009 e novembro de 2010, como: frutas (10,90%), vinho (6,39%) e arroz branco (2,53%).

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