Na semana passada, a redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias recebeu uma reclamação de que alguns comerciantes com quiosques na Praça do Terminal Rodoviário não pagam energia elétrica. A matéria intitulada de ?Luz para todos. Não! Só para alguns…? repercutiu entre os moradores formiguenses e deixou muitos surpresos com a notícia.
Após a repercussão da reportagem, a comerciante Goreti Aparecida Cardoso, que é proprietária do ?Quiosque do Flavinho? junto com seu marido, Flávio Geraldo Batista Porto, veio até a redação e explicou que paga as contas de energia, até mesmo muito antes da construção dos quiosques, quando vendia salgados em um trailer na praça.
Com diversas contas de energia em mãos, que estão no nome do marido, ela mostrou que a energia consumida pelo seu estabelecimento hoje, de fato, é paga por eles, e não pela Prefeitura de Formiga. A conta do mês de outubro, com data prevista para vencer no dia 18 de novembro, é de R$223,38. ?Nunca fiquei um mês sem pagar energia?, disse Goreti Cardoso.
A comerciante ainda explicou que o padrão de energia utilizado por ela fica distante do seu quiosque e que, de vez em quando, sofre com a queda de energia. Goreti Cardoso ressaltou que aceitou ter seu quiosque incluído no novo padrão de energia construído pela Prefeitura, porém, disse que não precisa utilizar o serviço. ?Para mim o novo padrão construído pela Prefeitura tanto faz como tanto fez, porque já tenho o meu. O povo lá [demais comerciantes], se a Prefeitura ficar demorando [a ligar energia] é vantagem para eles [dono dos quiosques]. Pagar energia, para quê??, questionou indignada.
Questionada sobre os comerciantes que não pagam energia elétrica, Goreti Cardoso disse que ?desconfia de alguns?. Os demais proprietários dos quiosques foram procurados pela redação, mas não foram localizados.
Relembrando o fato
A fim de apurar o conteúdo da denúncia, a reportagem do jornal procurou pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Parcerias, José Jamir Chaves. Ele explicou que logo após as obras dos quiosques serem concluídas, ele repassou a responsabilidade da parte elétrica para a secretaria de Obras e para o ouvidor, Altair Ribeiro da Silva, e a parte de regulação urbana para a secretária de Planejamento e Regulação Urbana.
Conforme relato completo das falas dos secretários, (veja nossa edição anterior, número 769, página 11) o que se pode depreender é que cada um dos entrevistados tirou o ?corpo fora?, e, semana passada, como nesta, apesar da denúncia pública, o problema não foi resolvido, e o ?filho sem pai?, continua sendo debitado na conta do contribuinte.

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