O comando do PSDB disse que vai cobrar hoje do ministro Guido Mantega (Fazenda) seis pontos para fechar acordo em favor da aprovação da proposta que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) tramita no Senado e esbarra na resistência da oposição.
Mantega se reúne nesta quinta-feira com integrantes do PSDB para negociar a aprovação da CPMF, no Senado. Mas os líderes do partido afirmam que o diálogo só vai evoluir se o governo indicar disposição em atender suas demandas.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Netto (AM), disse que seu partido definiu seis pontos considerados fundamentais em troca de apoio à CPMF. São eles: execução da Lei de Responsabilidade Fiscal, garantias de mais recursos para a saúde e fixação de um redutor de 0,2% (anual) para os gastos públicos.
Segundo o senador, entre as medidas sugeridas pelo PSDB estarão ainda: a desoneração do PIS-Cofins das empresas estaduais de saneamento, a redução da alíquota de 0,38% da CPMF e a cobrança da contribuição por apenas um ano.
Se ele [Mantega] for sincero, a gente leva a proposta [pela aprovação da CPMF] para a bancada, afirmou Virgílio. Nós não vamos nos acalentar com cantigas, disse ele.
Já o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse continuar resistente à proposta de prorrogação da CPMF. Nada me convencerá. É um imposto injusto. Não é o modelo que nós queremos, afirmou.
Virgílio e Dias reclamaram de um comentário de Mantega de que a manutenção da cobrança da contribuição vai facilitar para os candidatos à sucessão presidencial -numa menção indireta aos candidatos do PSDB. Segundo eles, esse argumento não convence os tucanos.

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