Uma crise de ciúme teria sido o motivo para o assassinato da dona de casa Cariane Andrade Moreira Pacheco, 22. Ela foi morta a tiros pelo namorado, o instalador Claudinei Coimbra da Silva, 27, que se matou com um tiro na cabeça na sequência. O crime passional aconteceu na festa de casamento de um primo de Cariane, na madrugada de ontem, no bairro Cardoso, na região do Barreiro, em Belo Horizonte.
A dona de casa carregava a filha de 6 anos, que tem problemas de locomoção, quando foi atingida por dois disparos. O salão de festas estava cheio na hora do crime e os convidados correram em pânico.
Houve muita correria. Todo mundo achou que ele fosse sair atirando em todos, mas aí vimos que ele tinha se matado, contou a vendedora Patrícia Aparecida Limões, 30, tia de Cariane. Ela contou que a sobrinha, mesmo baleada na cabeça, pediu aos parentes que cuidassem da filha dela. Cariane e Claudinei namoravam há quatro anos e, em fevereiro, decidiram morar juntos.
Ela estava perto de mim. Já caindo, me abraçou e disse o nome da filha, que para a gente cuidar da menina. Depois ela caiu e ele deu outro tiro na cabeça dela, contou a tia, bastante emocionada.
Os corpos começaram a ser velados ontem à noite em locais diferentes. O casal deixa um filho, de 2 anos.
A maioria dos parentes conhecia o casal. As testemunhas contaram que a festa transcorria normalmente quando o casal iniciou uma briga. Alguns disseram que a discussão começou por causa de uma crise de ciúme de Claudinei. Depois de um bate-boca, o rapaz deixou a festa, mas voltou duas horas depois, já armado. A Cariane falou que não queria mais ficar com ele. Aí, ele falou que se não ficasse com ele, também não ficaria com ninguém e atirou, contou a prima da dona de casa, que pediu para não ter o nome revelado. Segundo a Polícia Militar, a arma usada pelo instalador desapareceu.
Ameaças
A mãe de Cariane, a faxineira Mirani Andrade, contou que o genro sempre foi ciumento. Nos quatro anos de relacionamento, segundo ela, Claudinei já teria apontado uma arma para a namorada durante uma briga. Ela já queria terminar o relacionamento em outras vezes, mas não tinha coragem, contou.
A faxineira disse que mesmo com o relacionamento conturbado a filha decidiu morar com o namorado, na casa da mãe dele. Ninguém nunca imaginou que ele pudesse fazer uma coisa dessas. Apesar de tudo, ele cuidava bem das crianças

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