Nos parece mais que óbvio que no decorrer de 2016, quem sabe, tão logo aporte nos cofres públicos a polpuda quantia que normalmente é disponibilizada aos municípios como resultado da arrecadação do IPVA, nosso alcaide tenha condições de depositar junto aos bancos públicos, as famigeradas contrapartidas, sem o que, volumosas quantias destinadas a execução de obras há muito iniciadas, outras ainda na incubadora de projetos como as que se referem à construção da nova Praia Popular, pavimentação de vias públicas; construções de creches, de PSFs, do Restaurante Popular e outras há muito prometidas, venham a ser viabilizadas.

Cremos nisto porque, um volume considerável de recursos já se encontra depositado nos bancos oficiais, e só não foram liberados, ao que se sabe, pela total impossibilidade de o município arcar com as tais parcelas (contrapartidas).

Este é por exemplo, o caso da não liberação das máquinas, outros equipamentos, caminhões e camionetas, estocados lá no pátio do DER e que, segundo nota oficial distribuída há tempos, só ainda não haviam sido entregues, em razão da espera de uma liberação da gerência do órgão financeiro estatal, salvo engano, a Caixa.

Mas, pensando bem, no caso das máquinas não liberadas, tivemos até sorte, pois, é mais que sabido que nem mesmo os veículos e máquinas existentes rodaram regularmente nos últimos meses, por absoluta falta de combustível ou de peças de custo irrisório que permitissem seus funcionamentos.

O mesmo raciocínio serve para justificar o atraso na inauguração do prédio da UPA, finalmente entregue ao uso público ou, daquele “elefante branco”, conhecido como praça do PEC que, ninguém em sã consciência entende por quais motivos está lá entregue “as traças”, ou melhor, ao gosto dos vândalos que volta e meia o atacam.

Retrospectando  (rememorando), o que assistimos no passado não muito remoto, e agora, ouvindo novamente uma a uma as muitas gravações em que registramos as falas de nosso alcaide, num arquivo sonoro que evidencia suas promessas e desabafos desde a época de campanha, nos palanques, em recintos fechados, porém públicos ou ainda, os divulgados por meio de entrevistas realizadas através da emissora de rádio de maior audiência nesta cidade, a Líder; desta feita, analisando tudo com muito critério, hoje, ficamos daqui torcendo para que a fartura de recursos (próprios) que se aproxima com a chegada do primeiro trimestre de 2016, se bem administrada, dê a ele, a oportunidade de cumprir pelo menos parte daquilo que prometeu e que sabemos, é desejo seu.

Mas, também sabemos que para um prefeito que não conseguiu sequer manter em dia o pagamento de salários, que descumpriu a lei ao não quitar o 13º dentro dos prazos exigidos, que precisou paralisar o funcionamento da máquina pública por mais de 10 dias, evitando assim outros gastos; para um administrador que diariamente tem que “parir” recursos para abastecer ambulâncias ou veículos indispensáveis para o atendimento público e que é pressionado ao saber que seus funcionários passaram, quem sabe, o Natal mais magro das últimas décadas, é óbvio que o vislumbre da grana que vem aí de janeiro a abril, pode ainda funcionar como perigoso acalanto.

Tomara que ele saiba como agir nesta hora de “vacas gordas”. 2016, prefeito, com seu PMDB e com o PT no governo do Estado e em Brasília, ao que se sabe, merece muito mais cuidado na gestão dos recursos públicos!

Mesmo sendo ano de eleições, queremos crer que, provavelmente, o melhor será abrir mão de certos sonhos para não sermos novamente pegos de surpresa e quem sabe, ficarmos sem dormir por longo período.

Esperamos que ao rememorar as agruras vividas neste passado recente, esta administração balize desde já a sua conduta, em especial no início do ano, sem o que, o futuro de todos nós, estará em risco.

A velha fábula da cigarra e da formiga, podes crer, não pode cair no esquecimento. A hora é de armazenar, de gastar menos, muito mais de trabalhar do que de “cantar”.

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