VEÍCULOS QUEBRADOS

5 de fevereiro ? Van da Saúde quebrou na MG-050 após problemas no sistema de embreagem
18 de fevereiro ? Mais uma van da saúde quebrou e idoso de 74 anos perdeu cirurgia, correndo o risco de ter o problema renal agravado.
29 de outubro ? Um veículo da Secretaria de Saúde ficou retido em blitz por falta de documentação obrigatória.
6 de novembro ? Dois pneus de uma van do município furaram durante viagem para Belo Horizonte, após o veículo passar por ?tartarugas?. Pacientes precisaram pagar passagem em ônibus de linha para chegarem a tempo nas consultas. O gasto foi posteriormente ressarcido pela administração.
14 de novembro ? Mais dois veículos da Prefeitura ficaram retidos na estrada, por atraso nas documentações. No registro de um dos veículos abordados constavam nove multas por infrações diversas.
PACIENTES SÃO DEIXADOS EM OUTRAS CIDADES

19 de abril ? Cadeirante de 14 anos foi esquecido com a mãe (acompanhante) em Belo Horizonte. Os dois passaram a noite em um dos quartos do hospital Sarah Kubitschek após serem deixados na cidade pelo motorista da Secretaria de Saúde. Eles aguardaram de 18h de terça-feira (19) até às 12h de quarta-feira (20) para enfim retornarem à Formiga.
12 de maio ? A doméstica Elisane de Oliveira, de 42 anos, foi mais uma vítima da ineficiência do serviço público em saúde de Formiga. Ela acompanhou a mãe dela até a cidade de Lagoa da Prata, que foi internada na UTI, em seguida Elisane foi deixada na cidade, sem dinheiro e sem condições de retornar à Formiga.
13 de agosto ? O Juiz de Direito Paulo César A. de O. Lima determinou que o município de Formiga, providenciasse e disponibilizasse a partir de então, um veículo para transportar o cadeirante e um acompanhante, todas as vezes que ele necessitar se dirigir a Belo Horizonte em função de seu tratamento.
18 de agosto ? Prefeitura criou o cargo de supervisor de fiscalização de transporte para resolver problemas com o transporte de pacientes
31 de outubro ? Problemas de transporte continuaram. No fim de outubro, apenas uma van fazia o transporte de pacientes, enquanto outros seis veículos estavam estragados.

GREVE MÉDICOS E DENTISTAS DOS PSFs

7 de fevereiro ? Médicos denunciaram falta de condições de trabalho nos PSF?s e acionaram o Conselho Regional de Medicina (CRM-MG).
10 de fevereiro ? Médicos compareceram à reunião da Câmara, voltaram a denunciar más condições de trabalho e ainda reclamaram da falta de isonomia por parte da Secretaria de Saúde que permitiu que alguns profissionais fizessem cargas horárias menores. Os profissionais ameaçaram entrar de greve.
27 de fevereiro ? Secretária de Saúde abriu ambulatório para sanar problemas causados pela falta de profissionais nos PSF?s. Pelo contrato, cada médico do ambulatório ganharia R$24 mil/mês por 8 horas de trabalho diários.
21 de março ? Sem acordo com a administração, médicos dos PSF?s entraram em greve.
25 de março ? 16 cirurgiões dentistas que trabalham nos postos de saúde de Formiga também entraram em greve.
31 de março ? Os vereadores aprovaram o projeto de lei, enviado em regime de urgência pelo Executivo, reajustando em 20% os salários de médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas. Apesar do reajuste, a greve não foi encerrada.
13 de maio ? Em assembleia, os médicos dos PSF?s aprovaram o fim da greve, que durou 53 dias. A decisão ocorreu após acordo entre Prefeitura e sindicato.
9 de junho ? Após 75 dias de greve, dentistas dos PSF?s retomaram os trabalhos.

GREVE DOS MÉDICOS DO PAM

17 de junho ? Os médicos que atendem no Pronto Atendimento Municipal (PAM) paralisaram o atendimento (estado de greve) que ficou restrito aos casos de urgência e emergência. O motivo foi a falta de pagamento por parte da Santa Casa, que tem contrato com a Prefeitura. A paralisação terminou no dia 18, após 24 horas de operação tartaruga.
23 de junho ? Pela segunda vez em menos de uma semana, médicos que prestam serviço no PAM atenderam apenas casos de urgência e emergência. Os serviços foram retomados no dia 25.
14 de outubro ? Médicos plantonistas do PAM voltaram a paralisar os atendimentos (operação tartaruga), por falta de pagamentos. A paralisação só terminou no dia 21 de outubro, mediante a comprovação do depósito dos pagamentos.
FALTA DE FISCALIZAÇÃO NA SAÚDE

24 de maio ? Péssimas condições de transporte de alimentos fornecidos aos funcionários do PAM foram denunciadas pela população por meio da rede social Facebook. As bandejas com as refeições eram transportadas no porta-malas de um veículo visivelmente sujo e inadequado para tal serviço. Além disso, os alimentos estavam cobertos apenas por plástico filme, descumprindo o previsto no contrato.
CASA DE APOIO EM BELO HORIZONTE

27 de junho ? Prefeito se comprometeu a instalar uma Casa de Apoio em Belo Horizonte para receber pacientes e acompanhantes.
1º de julho ? Administração divulga a escolha do imóvel onde seria instalada a Casa de Apoio de Formiga, em Belo Horizonte.
29 de agosto – Prefeitura afirma não saber quando Casa de Apoio entrará em funcionamento após não conseguir fechar negócio com proprietário do imóvel localizado a 300 metros da área hospitalar da capital. A previsão divulgada anteriormente pela Prefeitura estabelecia o prazo até 15 de agosto para que o local entrasse em funcionamento.

MORTE DO JOVEM JUNIO CESAR
8 de novembro ? Após escapar de um
grave acidente, que vitimou fatalmente dois jovens, Junio César Rocha de 23 anos, aguardou por mais de 12 horas por um cirurgião na Santa Casa de Formiga. Diagnosticado com uma ruptura no baço, Junio foi operado por médicos, não especializados, que se compadeceram da situação. Mesmo após a cirurgia, não foi possível estancar a hemorragia. Junio César acabou falecendo. A história ganhou grande repercussão em toda a cidade.
10 de novembro ? Vereadores abandonaram a reunião ordinária do Legislativo e foram à sede do Ministério Público para pedir intervenção na gestão da saúde.
10 de novembro ? A Secretaria de Saúde divulgou nota sobre a morte do jovem e responsabilizou a Santa Casa pelo óbito.
11 de novembro ? Em coletiva de imprensa, o então provedor da Santa Casa, Geraldo Couto, assumiu a responsabilidade do hospital pela morte de Junio César, mas garantiu que o caso era grave e que o óbito ocorreria ainda que o jovem tivesse recebido o atendimento adequado e em tempo hábil.
17 de novembro ? Delegado do Conselho Regional de Medicina (CRM- MG), o médico Dr. Carlos Eduardo Senne, foi à Câmara e criticou as condições de trabalho e de atendimento no PAM e na Santa Casa.
28 de novembro ? Em uma audiência pública convocada pela Comissão Especial de Saúde do Legislativo, na Câmara Municipal, a secretária de Saúde, Maria Inês apontou prazos para solucionar os vários problemas identificados na pasta por ela coordenada. No dia 1º de dezembro, a secretária enviou um ofício ao Legislativo apresentando um Plano de Trabalho.
8 de dezembro ? O provedor da Santa Casa, Geraldo Couto esperou a poeira baixar, após a morte do jovem Junio César, e resolveu se pronunciar durante a reunião do Legislativo após vários convites. Ele repetiu informações fornecidas em uma coletiva de imprensa e garantiu que apesar das dificuldades, a gestão da Santa Casa ia bem.

INTERVENÇÃO NA SANTA CASA

20 de dezembro – Após uma série de denúncias referentes a então mesa administrativa da Santa Casa de Caridade de Formiga, foi desencadeada uma ação envolvendo o Ministério Público e a Polícia Civil. Geraldo Couto e os demais membros da mesa foram destituídos. Os cargos foram ocupados, por decisão da justiça, por Rui Sobreira (provedor), Sidney Ferreira (vice-provedor), Cabo Cunha (tesoureiro), Carlos Lamounier (primeiro-secretário) e Maria Inês Macedo (segunda-secretária). Dentre as várias irregularidades apontadas, estão a interdição de leitos para internação; desvio de bens; precariedade das instalações da maternidade e contratação sem licitação de empresas vinculadas ao então provedor.

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