Da Redação

De 13 a 17 de janeiro, 1.773 imóveis, entre residências, terrenos baldios, comércios e outros, espalhados por toda a cidade, foram visitados por agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde para a realização do 1º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2020.

O resultado, divulgado nesta semana, é preocupante: foi constatado que o município se encontra em estado de alto risco de epidemia de dengue, com o índice de infestação predial de 6,8.

No mesmo período do ano passado, o resultado foi de 3,8; um aumento de 56%. As estatísticas apontam que, com resultado entre 0 e 0,9, o município enquadra-se em situação de baixo risco; de 1,0 a 3,9 é médio risco; e acima de 4,0 é considerado alto risco.

A maioria dos focos foi encontrada nas residências: 97,5% do total. A porcentagem de recipientes com larvas positivas para Aedes aegypti dentro das casas é alto, quase atingindo a marca de 100%, isso mostra integralmente a preferência do mosquito para desovar em ambiente residencial e o quanto a população ainda é resistente aos trabalhos de prevenção, que são simples e eficazes.

Predominaram os focos em depósitos ao nível do solo (tanques, tambores, etc.), em depósitos móveis (pratos de plantas, bebedouros, etc.), no lixo (recipientes plásticos, latas, sucatas, etc.) e em depósitos fixos (ralos e caixas de passagens de água).

De acordo com o Setor de Endemias, apesar do risco de epidemia se estender a todo o município, em 12 bairros a situação é mais grave devido ao grande número de focos do mosquito encontrados. São eles: Alto da Praia, Alvorada, Centro, Mangabeiras, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Lourdes, Novo Horizonte, Sagrado Coração de Jesus, Santa Luzia, São Luiz, Vila Esperança e Vila Ferreira.

Ações
O Setor de Endemias intensificará suas ações de campo e educativas. Com o resultado desse LIRAa, os agentes realizarão um trabalho diferenciado nos bairros onde o índice foi mais alto. Além do tratamento focal, os agentes reforçarão o trabalho educativo nessas localidades. A Secretaria de Saúde está fazendo um planejamento para trabalhar de acordo com os resultados, para cada bairro, conforme sua necessidade.

A pasta também está buscando novas parcerias que envolvam um número maior de pessoas na luta contra a dengue.

A Diretoria de Comunicação, em parceria com o Setor de Endemias, divulgará semanalmente dicas de ações preventivas para que o combate ao mosquito transmissor seja intensificado.

Prevenção
Apesar das reclamações da população relacionadas à sujeira das ruas da cidade, número insuficiente de agentes de endemias e consequentemente a falta de frequência das visitas desses profissionais nas casas, como ocorre em todo o país, por aqui também é divulgado ano após ano, que mais de 90% dos focos do mosquito estão nas residências.

Se o problema está nas casas, é importante que a população, antes mesmo de exigir ações mais firmes da administração pública, faça a sua parte e mantenha residências e quintais livres de locais propícios para a proliferação do mosquito.

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