As dificuldades enfrentadas pelos motoristas que circulam nas rodovias brasileiras se multiplicam a cada ano. Entre 2011 e 2016, o número de pontos críticos identificados em 103.259 km de malha rodoviária cresceu 89%, passando de 219 para 414. Os dados estão na 20ª pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada em Brasília.

Em Minas, entretanto, o caminho foi contrário. Eram 48 desses locais problemáticos em 2011, e, neste ano, são 37 deles no Estado – queda de 22%.

Os pontos críticos incluem quedas de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e grandes buracos. No país, apenas entre 2015 e 2016, a pesquisa mostrou um aumento de 26,6% desse tipo de transtorno nas estradas avaliadas.

De acordo com o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, mesmo o governo federal tendo destinado mais recursos para ações de manutenção, elas ainda não são executadas a contento. “A manutenção ainda não é a ideal, e longos períodos com baixa no investimento contribuem para uma piora significativa na qualidade”, destacou.

Como apontou a pesquisa, quase a metade (48,3%) das estradas avaliadas em todo o país apresenta desgaste no pavimento, e em cerca de 18 mil km, predominam trincas e remendos. “Os dados indicam a necessidade de fortes investimentos na infraestrutura de transporte e de logística”, apontou o presidente da CNT, Clésio Andrade. Na avaliação geral, 58,2% das rodovias do país foram consideradas péssimas, ruins ou regulares, enquanto 41,8%, apontadas como boas ou ótimas.

Em MG

 Apesar da queda no número de pontos críticos, Minas ainda tem 61,8% das rodovias consideradas péssimas, ruins ou regulares, sendo 26,6% desse total enquadrado nas categorias péssima e ruim.

Ao todo, 14.809 km foram avaliados em Minas. Apenas 1.087 (7,3%) deles são duplicados com canteiro central. Outros 13.197 (89,2%) são de pista simples com mão dupla.

Em relação ao pavimento, 53,5% da extensão do Estado foi apontada como péssima, ruim ou regular. No quesito sinalização, os problemas estão em 44,7% dos trechos.

A melhoria dos itens – que incluem duplicação de rodovias – podem interferir nos índices de acidentes. Conforme números da pesquisa CNT, em 2015 foram contabilizados 56.154 acidentes com vítimas, que custaram quase R$ 1 bilhão.

(foto: reprodução G1)

 

Fonte: O Tempo Online ||

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