No Brasil, o Acidente Vascular Celebral (AVC) é a primeira causa mortis, muito por causa do tratamento não adequado. O índice de pacientes adequadamente tratados é de 20%. Toda a atividade física que se faz é benéfica. Ao se aposentar, ex-jogadores e ex-atletas engordam, param de fazer exercício, vivem estresse muito grande. Há casos de AVC em crianças também. Neles, a pressão alta é mais rara, mas está ficando mais frequente por causa do aumento da obesidade infantil.
O que é AVC?
O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.
Há dois tipos de AVC:
– Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro;
– Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.
Sintomas
– Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
– Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
– Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;
– Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
– Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
– Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
Tratamento e reabilitação
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais.
Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.
Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, porém, podem levar à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama. A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular.
Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de seqüelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado.
Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo.
Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.
As informações são do médico Carlos Scherr, presidente do departamento de cardiologia clínica da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro e membro da comissão internacional da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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