Levantamento distribuído neta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.995 91 em dezembro de 2009 para suprir suas necessidades básicas e da família. A constatação foi feita por meio de utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, feita pela instituição em 17 capitais do País.
Com base no maior valor apurado para a cesta em dezembro, de R$ 237,58, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,29 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 465.
Em novembro de 2009, o salário mínimo necessário era bem maior, equivalendo a R$ 2.139,06, ou seja, 4,60 vezes o mínimo vigente. Em dezembro de 2008, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.141,08, o que representava 5,16 vezes o mínimo daquele período, de R$ 415,00.
O Dieese avaliou também que a predominância de queda nos preços dos produtos básicos em todas as cidades pesquisadas, tanto no comportamento mensal como no ano de 2009, fez com que o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta básica, na média das 17 localidades que fizeram parte do levantamento, fosse, em dezembro, menor que em novembro e que em dezembro de 2008. Para comprar uma cesta de produtos alimentícios no último mês de 2009 o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir uma jornada de 95 horas e 20 minutos, inferior às 98 horas e 58 minutos exigidas em novembro e às 115 horas e 44 minutos necessárias em dezembro de 2008.

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