A seca nos Estados Unidos, que derrubou a produção de grãos, principalmente do milho, está sendo benéfica para o Brasil. De acordo com previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve registrar recorde de exportação de milho neste ano, com 14 milhões de toneladas, que irão movimentar US$ 3,8 bilhões.
O maior índice de exportação havia sido registrado em 2010 – 10,9 milhões de toneladas. A média paga por tonelada no mercado internacional é de US$ 277.
Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas (Seapa), João Ricardo Albanez, os Estados Unidos devem perder 40,1 milhões de toneladas de milho na safra 2011/2012 em função da seca. O país deve produzir 313, 9 milhões de toneladas, de acordo com previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Reflexos em Minas. Minas Gerais também colhe os frutos da seca que atinge os Estados Unidos. De janeiro a julho deste ano, o Estado exportou 57,1 mil toneladas de milho, que movimentaram US$ 29,7 milhões.
No ano passado inteiro, o Estado exportou 227 mil toneladas de milho. Os principais compradores foram Espanha (22,4% ), Vietnã (21,5%), Venezuela (10,3%), Irã (7,5%) e outros países (28,5%).
O último relatório da safra 2011/2012, divulgado pela Conab no início deste mês de agosto, mostra que o país produziu 72,7 milhões de toneladas de milho, um aumento de 26.8% com relação à safra passada (2010/2011).
Minas Gerais teve um ganho de 19,5% nesta safra com relação à anterior, o Estado produziu 7,8 milhões de toneladas de milho. Estamos iniciando uma nova safra. Os produtores estão se preparando para o plantio, em busca de crédito rural junto aos bancos, disse Albanez.
De acordo com o superintendente de Economia Agrícola da Seapa, a expectativa é de um crescimento ainda maior, se o clima continuar ajudando. Atualmente, o Estado de Minas Gerais possui 551 estabelecimentos agropecuários.

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