Na segunda-feira (27), antes de ter início a reunião da Câmara Municipal, a assessoria de comunicação do Legislativo, como de costume, distribuiu à imprensa a pauta de mais uma ordinária. Nela constava que para fazer uso da ?Tribuna do Povo? haviam sido convidados o provedor da Santa Casa, Geraldo Couto; a secretária de Saúde, Maria Inês Macêdo; o representante dos médicos, Carlos Eduardo Senne de Morais e a ouvidora da Secretaria de Saúde, Maria Rita Rocha Salazar, que seriam ouvidos sobre as questões relativas aos atuais problemas que existem no Pronto Atendimento Municipal (PAM).
Os convidados ligados à administração responderam ao convite por meio de um documento, no qual explicaram que não poderiam participar daquela reunião, mas que estariam dispostos a comparecer no plenário, na próxima reunião a se realizar na segunda-feira (3).
A assessoria da Santa Casa não soube informar o motivo específico para o não comparecimento dos convidados ligados ao hospital.
Na Prefeitura, justificando a ausência da secretária de Saúde foi informado que ela teve um compromisso urgente relacionado ao fornecimento de medicamentos e comunicou previamente à Câmara Municipal sua impossibilidade de atender ao convite.
Está sendo estudado o agendamento de uma reunião na Secretaria de Saúde com todos os vereadores e com todos os técnicos responsáveis pelo desenvolvimento das ações da pasta para que todas as dúvidas sejam sanadas, informa a administração municipal.
Durante a reunião no Legislativo, foi retransmitido um vídeo feito pela redação do portal Ultimas Notícias, no PAM, durante a manhã de sábado (25), com relatos de vários pacientes, que esperavam por atendimento durante horas e de outros que, segundo se apurou há muitos dias, aguardam a chance de transferência para a Santa Casa ou outros hospitais conveniados SUS.
Na ocasião, os vereadores discorreram sobre a atuação da secretária de Saúde e da atual administração, assim como sobre os serviços (não) prestados pela Santa Casa, que é contratada pela Prefeitura para fornecer os profissionais médicos que devem dar plantão no PAM.
Os vereadores procuram descobrir onde está o erro relacionado ao atendimento no PAM. Em face das constantes reclamações e das respostas burocráticas que nunca condizem com a realidade dos fatos denunciados e muito menos resolvem tais problemas, o vereador Arnaldo Gontijo, contando com o apoio de muitos vereadores, inclusive de alguns da situação, sugeriu ainda que se for o caso, que a Mesa Diretora não desça mais nenhum projeto para ser votado na próxima reunião, para que assim, com mais tempo, possam ser ouvidos os convidados. Cabo Cunha propôs a adoção do trancamento da pauta no Legislativo, como forma de forçar o Executivo a resolver de uma vez por todas, esta questão que se arrasta desde os primeiros dias da gestão Moacir Ribeiro.
Diversas reclamações e denúncias sobre as péssimas condições de atendimento no Pronto Atendimento, no decorrer desta semana, continuaram sendo registradas na redação do jornal, apesar da ?operação tartaruga? como forma de reivindicação pela falta de pagamentos haver sido suspensa.

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