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Formiga está com alto risco de epidemia de dengue com um índice de infestação predial de 10,1.  O resultado do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) foi divulgado nessa segunda-feira (23).

O Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde vai intensificar as ações de campo e educativas para eliminar os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, mas faz um apela à população para colaborar na eliminação dos focos do mosquito.

De acordo com a pesquisa a maioria dos focos do Aedes aegypti foi encontrada nas residências. Segundo o gerente de Endemias, Carlos Antônio de Castro, durante visitas às casas, os agentes chegam a encontrar cerca de mil focos do mosquito por semana. “Já encontramos focos do mosquito não só em pneus, caixas d’água e pratinhos de plantas, como sempre são muito divulgados, mas em botina velha, panela de pressão e marmita. E quem pensa que o mosquito gosta só de água limpa está enganado. Ele se reproduz até em água suja. Então, é preciso ter uma atenção redobrada com qualquer água que estiver parada”, explicou.

O educador em Saúde, André Luciano da Paixão, e o gerente de Endemias, Carlos Antônio de Castro, solicitam colaboração da população (Foto: Decom/Divulgação)

Com uma equipe de 50 pessoas, o Setor de Endemias tem desenvolvido duas formas de atuação: a primeira é de eliminação dos focos do mosquito em residências e terrenos da cidade e a segunda é educativa, de orientação à população sobre como evitar as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Segundo o gerente de Endemias, o trabalho é intenso e diário, porém não tem sido suficiente diante da falta de consciência de parte da população formiguense.

Ainda segundo Carlos, o período mais preocupante em que há a proliferação do mosquito é de dezembro a junho. “Anualmente, a população recebe informações sobre como combater a Dengue. Porém, falta mais ação por parte de muitas pessoas. Precisamos que os formiguenses transformem a informação em ação e nos ajudem na eliminação dos focos, mantendo suas caixas d’água tampadas e seus quintais limpos, assim como as calhas de estruturas metálicas. Em Formiga, boa parte das residências possui estruturas metálicas e, infelizmente, quando chove, há calhas que ficam com água parada”.

 Casos de dengue

Neste ano já foram registrados quatro casos suspeitos de dengue na cidade.

De acordo com o educador em Saúde, André Luciano da Paixão muitas pessoas sentem os sintomas da Dengue, mas têm resistência em fazer o exame que dá o diagnóstico da doença e isso prejudica as ações contra o mosquito. “Quando é detectado o foco do mosquito, aplicamos o larvicida, mas se há muitos focos em uma só localidade fazemos o bloqueio dela e aplicamos o fumacê. No entanto, só conseguimos o fumacê e os demais materiais para combate ao mosquito, que nos são enviados pelo Governo do Estado, se houver casos registrados da doença. E, infelizmente, muitas pessoas que sentem os sintomas da Dengue têm resistência em fazer. Então, é importante fazer o exame. Isso ajuda a detectar o problema na região em que a pessoa mora e a solicitar mais materiais para o combate ao mosquito.”

Ainda não houve no município registro de Chikungunya e Zica, mas o trabalho é de prevenção para essas doenças também. “Além dos bairros em Formiga, atuamos também na região de Furnas, onde há muitos turistas”, finalizou André.

 

Fonte: Decom||

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