Os vereadores Moacir Ribeiro/PMDB, Rosimeire Mendonça (Meirinha/PMDB) e José Gilmar Furtado (Mazinho/DEM) foram até a Secretaria de Desenvolvimento Humano na manhã de quarta-feira (17) para apurar uma denúncia que receberam sobre desperdício de alimentos e de outros produtos.
Segundo informações repassadas pela assessoria de comunicação da Câmara Municipal, o que os vereadores constataram ?foi uma total desorganização e desperdício de alimentos, produtos e materiais. Fardos de alimentos perdidos, produtos químicos, produtos de limpeza, uma grande quantidade de cobertores, dentre vários outros, estocados no porão da Secretaria?.
Os vereadores questionaram o porquê desses alimentos e cobertores não serem distribuídos à população e alegam que ?a resposta obtida foi considerada extremamente vaga como justificativa?. Conforme relataram os vereadores, teriam sido informados de que ?tais alimentos poderiam ser trocados a qualquer momento, muito embora não tenha esclarecido porque ainda não haviam sido trocados?.

As explicações
A redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias entrou em contato com o secretário de Desenvolvimento Humano, Luis Carlos Silva, para esclarecer os fatos. O secretário ressaltou que, no caso dos cobertores, eles fazem parte de um kit do Programa do Migrante, que contém o cobertor, toalha, mochila, chinelo e outros itens que são entregues quando algum migrante chega a cidade e procura a Secretaria, por isso os kits não podem ser distribuídos à população da cidade, porque são específicos desse programa. ?Se a gente distribuir tudo de uma vez, quando chegar fim do ano e precisar ou vai ter que comprar mais ou não tem como atender aos migrantes? , comenta Luis Carlos.
No caso dos demais produtos que estavam estocados, o secretário esclarece que estavam na secretaria temporariamente, pois já haviam projetado para mudar o almoxarifado para uma sala no Banco de Alimentos, o que foi feito no mesmo dia que os vereadores fizeram a visita à secretaria.
Parte dos produtos que fica no almoxarifado da secretaria é para atender às emergências da Casa Lar e do Abrigo de Menores. Luis Carlos alega que os produtos de limpeza e químicos estavam acondicionados em locais separados dos alimentos e que foi somente durante essa fase de transição.
O secretário garante que os alimentos não estão estragados e nem vencidos, mas que estão passando por uma análise da nutricionista do Banco de Alimentos. Se for comprovada a necessidade de troca, irão entrar em contato com os fornecedores, assim como foi feito recentemente com alguns pacotes de fubá que, mesmo dentro do prazo de validade, deram bicho. Luis Carlos comenta que, se fosse problema de acondicionamento, todos os fardos de arroz, por exemplo, estariam amarelados e com aparência de vencidos, mas alguns continuam da mesma forma de quando foram adquiridos. Os produtos teriam sido comprados no início deste ano, portanto, não deveriam estar com aparência de envelhecidos, por isso, vão exigir a troca se necessário. O secretário esclarece que esses alimentos não têm a ver com as cestas básicas distribuídas pela Prefeitura, pois a cestas agora são repassadas pelos dispensários vicentinos.

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