Nesta semana, a secretária de Desenvolvimento Humano, Débora Brás concedeu entrevista ao jornal Nova Imprensa e ao portal Últimas Notícias.
Ela foi questionada sobre vários assuntos na pasta, durante os seus 90 dias de trabalho, inclusive, em relação as 300 casas populares que, segundo comunicado da Prefeitura, não serão mais construídas no local anteriormente escolhido, a secretária disse que a decisão tomada não é de sua alçada e que não podia falar a respeito, já que era um assunto do Gabinete do prefeito.
Posteriormente, em ligação telefônica sugeriu que a reportagem procurasse o secretário de Regulação Urbana, Nilton Alvarenga que poderia fornecer mais detalhes sobre o assunto.
Ouvido, o secretário informou que realmente as obras estão paralisadas em virtude de haver um processo judicial em andamento, processo este já concluso aguardando sentença.
Há uma correspondência oficial do município, endereçada à Sra. Oficial Substituta do Registro de Imóveis da Comarca de Formiga, na qual o município elenca uma série de razões que embasam sua posição atual, contrária ao registro do loteamento, aprovado anteriormente.
As partes envolvidas, loteador, empreiteira, município e órgão financiador (o contrato já foi assinado e os recursos disponibilizados), tiveram oportunidade de defenderem suas posições no processo, e agora, aguardam a sentença que certamente colocará fim à pendenga.
Na área destinada às novas casas, todo o serviço de terraplenagem projetado já está concluído e segundo a construtora, em virtude dos atrasos ocasionados com a mudança repentina de posição do município, esta semana, iniciou-se a demissão de operários contratados para atuarem naquela obra.
Caso semelhante
Na cidade de Passos, a Justiça determinou reinício de obras também contratadas em governo anterior.
A negociação envolvendo a Prefeitura de Passos, o empreendedor, a empreiteira vencedora da licitação e a Caixa Econômica Federal, ocorreu após sentença judicial (liminar) determinando o reinício das obras que haviam sido embargadas pela Prefeitura.
O prefeito Ataíde Vilela/PSDB ao ser questionado sobre sua estranha ordem, justificou: ?Quero deixar claro que em momento algum foi mencionada a não construção dos conjuntos habitacionais, apenas falamos das melhorias para que o projeto proporcionasse todos os equipamentos públicos necessários para o atendimento das famílias beneficiadas?.
Com esta decisão o prefeito não recorreu da liminar obtida em desfavor da municipalidade e num acordo com a Caixa Econômica ? financiadora do projeto ? a obra receberá cerca de mais 1,5 milhão de recursos destinados ao desenvolvimento social das comunidades beneficiadas. Segundo o chefe do Executivo de Passos, ?a novela está encerrada e a administração, conforme dito anteriormente, não recorrerá da decisão judicial. Melhor para todos, em especial para população a ser beneficiada?, concluiu.

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